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A JSL (JSLG3) reportou seus resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23) na noite desta terça-feira (19) e apresentou lucro líquido de R$ 72,9 milhões, queda de 22,4% em relação ao observado no mesmo período de 2022. No ano, o lucro líquido foi de R$ 351,7 milhões ante R$ 194,2 milhões de 2022, alta de 81,1%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 415 milhões no 4T23, alta de 33,8% em relação ao 4T22. O Ebitda ajustado ficou em R$ 441 milhões, com alta de 28,8% na comparação com o quarto trimestre do ano retrasado. A explicação do ajuste foi a reavaliação da compra vantajosa da IC Transportes e do positivo de R$ 42,7 milhões da compra da FSJ. No ano de 2023, o Ebitda apresentou alta de 60% e ficou em R$ 1,7 bilhão, em comparação com R$ 1 bilhão em 2022.
A receita líquida teve alta de 30%, para R$ 2,16 bilhões em comparação com os R$ 1,6 bilhões vistos no 4T22. O gasto de capital (capex, na sigla em inglês) ficou em R$ 346 milhões no 4T23, com queda de 49,2% em relação ao ano anterior.
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Novas aquisições no radar
Ano passado foi avaliado pelo CFO da companhia, Guilherme Sampaio, como um ano excelente para a JSL, com crescimento robusto entre orgânico e inorgânico, além de manutenção e expansão das margens. Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, o executivo destacou que, apesar da realização de duas aquisições, a companhia conseguiu manter crescimento na ordem de 30% e no retorno sobre patrimônio (ROIC) apresentou expansão de quase um ponto percentual.
Em relação às aquisições realizadas, a IC é citada como uma empresa com margens menores que o consolidado da JSL, mas com grande potencial para transformação para patamares vistos como adequados pelo CFO (em torno de 15%). “Hoje ela está pesando nas minhas margens e ela tende a contribuir positivamente”, pondera.
A FSJ é vista como oposto, com potencial para crescimento e vista com volume represado, em especial no e-commerce. O executivo comentou que a empresa apresentou crescimento de 50% entre o mês de dezembro e o momento da aquisição, em setembro.
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Novas aquisições estão no radar da companhia e serão apresentadas pela própria holding que administra a JSL, a Simpar (SIMH3). “O que a gente olha são empresas que têm o potencial de acelerar o processo de crescimento delas se elas estiverem dentro do nosso ecossistema”, considera. Para 2024, o executivo considera que o mercado está “agitado”.
Para tanto, Sampaio ressalta a importância da disciplina de capital para permitir maior geração de caixa e alavancagem em patamares considerados saudáveis (abaixo de 3,0 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda, de acordo com o executivo).
“A gente fez um capex alto no 4º trimestre, porque é quando a gente começa a fazer os grandes investimentos para os projetos que se iniciam no 1º semestre, principalmente no setor florestal, tem grandes projetos aí que a gente vendeu, com um bilhão aí de novos contratos. Já conseguimos ver, olhando para a companhia, dado o tamanho da companhia e da geração de caixa da companhia, uma manutenção do crescimento, do ritmo de crescimento e uma possível desalavancagem natural”, afirma Sampaio.
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Em relação ao market share, a companhia, que é hoje líder do setor de logística, aposta em três estratégias. A primeira é a busca por crescimento com clientes atuais, seguida pela abertura de uma nova área para novos negócios, com indústrias novas e clientes que ainda não integram a base da JSL e o terceiro ponto são as aquisições (que também trazem a entrada de novos clientes). A internacionalização ainda faz parte dos planos futuros da companhia, mas mais ligada ao atendimento de demandas de clientes.
“Internacionalização como um reflexo de uma demanda específica de um determinado cliente, não está na nossa pauta proativa, olhar a internacionalização, mas um cliente demandando, como foi o caso da operação tanto do Paraguai quanto da África do Sul, um cliente demandando, a gente sem dúvida vai acessar e olhar as oportunidades de outros países, sem dúvida nenhuma”, destaca.
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