JPMorgan mantém recomendações de compra para Localiza (RENT3) e neutra para Movida (MOVI3), mas reduz preço-alvo

Banco mantém a avaliação overweight (equivalente à compra) para Localiza (RENT3) e neutra para Movida (MOVI3)

Felipe Moreira

(Getty Images)
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O JPMorgan revisou suas estimativas para as empresas de aluguel de carros, reiterou sua recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para Localiza (RENT3) e neutra para Movida (MOVI3), mas reduziu o preço-alvo de ambas locadoras.

Analistas reduziram o preço-alvo para ações da Localiza de R$ 73,50 para R$ 72,50, ou um potencial de alta de 39% em relação ao fechamento da semana passada. O preço-alvo da Movida, por sua vez, foi cortado de R$ 15 para R$ 13,50 para dezembro de 2023, ou potencial de avanço de 64%.

A equipe de research do banco americano disse que continua a ter uma visão relativamente positiva sobre o segmento, mas reconhece um momento de lucro de curto prazo sem brilho, em decorrência do aumento da depreciação e das taxas de juros ainda elevadas.

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Em termos relativos, os analistas comentam preferir a Localiza em relação à Movida, pois veem a primeira melhor posicionada para implementar seu crescimento com retornos crescentes, beneficiando-se das sinergias da fusão com a Unidas.

O banco revisou sua estimativa de lucro líquido para 2023 em -3,5% para Localiza, para R$ 2,893 bilhões, 3% acima do consenso de mercado.

Para a Movida, o JPMorgan vê uma perspectiva de curto prazo desafiadora, evidenciada por sua revisão para baixo da expectativa de lucro líquido para 2023 para R$ 26 milhões (de R$ 292 milhões e consenso em R$ 231 milhões), mas damos as boas-vindas à estratégia de crescimento mais conservadora da empresa.

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Localiza está bem posicionada para se beneficiar da estratégia de crescimento

O banco comenta que a Localiza está bem posicionada para executar sua estratégia de crescimento, ou seja, comprar veículos com descontos crescentes, permitindo spreads incrementais de ROIC (retorno sobre capital investido).

Analistas modelaram uma adição líquida de frota de cerca de 80 mil veículos em 2023 e um spread de ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) de 5,7 pontos percentuais (p.p.) este ano e de 7,6 p.p. em 2024.

Por outro lado, o banco prevê um momento de lucros mais fraco no primeiro semestre de 2023, devido ao aumento da depreciação, que deve atingir R$ 6,5 mil até meados do ano no segmento de RaC (aluguel de carros), e margens operacionais relativamente menores em comparação com o segundo semestre de 2023.

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Movida está “pagando o pedágio” antes do próximo ciclo de crescimento

O JPMorgan diz que a Movida está adotando uma abordagem de crescimento mais conservadora e focando ainda mais nos níveis de rentabilidade, após as recentes mudanças na gestão, uma estratégia que deve ser bem recebida pelo mercado.

No entanto, o banco acredita que a empresa ainda enfrentará um momento desafiador devido a: (i) redução líquida de frota de cerca de 11 mil veículos esperada para o ano; (ii) depreciação média por carro para este ano em R$ 10,2 mil na segmento de RaC (+44% versus média de 2022) e R$4,75 mil no segmento GTF (+30% a/a); (iii) margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) de Seminovos esperada em 1,0% em média para 2023, abaixo dos 13% em 2022″.

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