JP corta GPA (PCAR3), BBI eleva Rede D’Or (RDOR3) e BBA reforça compra para Eletrobras (ELET3): os destaques de recomendações

Já o UBS BB manteve recomendação neutra para ação da Rede D'Or, enquanto reduziu preço-alvo para IRB

Felipe Moreira

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A última semana de julho começa com diversas revisões de recomendações por casas de análise, com o JP Morgan reduzindo recomendação para GPA (PCAR3) para neutro, Bradesco BBI elevando recomendação para Rede D’or (RDOR3) para equivalente à compra, enquanto o UBS BB reiterou a sua recomendação neutra para o papel.

Já o Itaú BBA retomou a cobertura das ações da Eletrobras (ELET3) com recomendação equivalente à compra após privatização da companhia; já o UBS manteve recomendação de venda para IRB (IRBR3).

Confira as recomendações que movimentam o mercado.

GPA (PCAR3)

O JP Morgan revisou as suas recomendações para o segmento de supermercados, reduzindo a recomendação para o GPA de overweight (exposição acima da média do mercado, ou equivalente à compra) para neutro. O preço-alvo foi cortado de R$ 37 para R$ 21, o que leva a uma alta de 24,3% em relação ao fechamento de sexta-feira.

A equipe de análise do banco rebaixou a ação para neutro dada a menor visibilidade nos catalisadores que poderiam impulsionar os papéis. A instalação do novo governo na Colômbia pode atrasar uma potencial monetização da Exito, que é o elemento central para avaliação da soma das partes (SOTP, na sigla em inglês) e recomendação anterior de outperform, enquanto a recuperação do varejo alimentar brasileiro é desafiadora e deve levar tempo para dar frutos materiais.

Já para Carrefour Brasil (CRFB3), o JP Morgan mantém recomendação neutra, mas elevou o preço-alvo de R$ 21 para R$ 23, um potencial de alta de 35,9% em relação ao último fechamento.

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Analistas escreveram que a empresa está em uma boa posição para atuar como um consolidador da indústria, caso em questão sendo o mais recente aquisição do terceiro player —Grupo Big — explorando tendências de formalização de mercado. E sua alta exposição ao cash&carry (70% das vendas) suporta um sólido fluxo de caixa (FCF) para manter sua expansão, tornando-se um dos varejistas de alimentos da América Latina que mais cresce.

Já o Assaí (ASAI3 é a escolha preferida do banco no segmento, com recomendação overweight e elevando o preço-alvo de R$ 20 para R$ 23,50, ou potencial de alta de cerca de 50% frente o fechamento da véspera. Os analistas enxergam um crescimento médio anual composto (CAGR) de 20% no lucro por ação nos próximos cinco anos, com gatilhos positivos à frente assim que as conversões do Extra começarem a ser implementadas no 3T22.

Rede D’Or (RDOR3)

O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da Rede D’or de market perform (desempenho em linha com mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado), com o preço-alvo sendo elevado de R$ 42 para R$ 46, o que configura um potencial de alta de 52% em relação ao fechamento da última sexta-feira (22) de R$ 30,25.

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Segundo analistas, a elevação reflete: (i) o desempenho inferior de 27% da ação em relação ao Ibovespa; (ii) perspectiva de forte recuperação das cirurgias e procedimentos de rotina com a normalização pós-Covid; (iii) impulso positivo dos lucros com recuperação de margem ao longo de 2022 e em 2023 em iniciativas de custos, (iv) melhores fundamentos de crescimento após o M&A [fusão e aquisição] com SulAmérica (SULA11); e (v) um atrativo múltiplo.

“A RDOR é a Top Pick no setor devido à sua resiliência em uma desaceleração econômica e boa visibilidade lucros”, apontam analistas.

Por outro lado, o UBS BB reiterou recomendação neutra para RDOR3 e de compra para SulAmérica (SULA11. “Esperamos que os volumes e as margens aumentem ao longo do ano, também auxiliados pela sazonalidade – mas a incerteza sobre os níveis de ingressos pode atrasar uma reclassificação”, avaliam os analistas.

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O preço-alvo para RDOR3 foi cortado de R$ 58 para R$ 37 (upside de 23%), enquanto o de SULA11 foi de R$ 44,50 para R$ 28 (upside de 28%), ainda mantendo compra para esta última pelo potencial de alta com a fusão.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

O Itaú BBA retomou a cobertura para a ação ON da Eletrobras (ELET3) com avaliação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 62, potencial de valorização de 38,9% em relação ao fechamento de sexta.

A Eletrobras é a principal escolha do banco no setor de utilidade pública, “com base em seu enorme tamanho, avaliação muito atraente, forte geração de fluxo de caixa e capacidade de pagar um rendimento de dividendos muito alto no médio prazo”, comentam analistas.

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Segundo eles, a empresa não está mais “acorrentada”, como as restrições de ser uma estatal desapareceram e a equipe de gerenciamento agora terá muito mais flexibilidade para implementar as mudanças que podem torná-la uma das melhores concessionárias do mundo.

“Além disso, um ponto chave será a eleição do novo conselho e a eleição do novo CEO. Acreditamos que o ex-CEO Wilson Ferreira provavelmente será o próximo a ocupar o cargo, pois acaba de renunciar ao cargo da Vibra VBBR3“, apontam os analistas.

IRB (IRBR3)

O UBS manteve recomendação de venda para as ações do IRB (IRBR3) e cortou preço-alvo de R$ 2,80 para R$ 2,30 (ainda alta de 15% frente o fechamento de sexta), devido a redução das estimativas de lucro em 30% neste ano e de 6% em 2023 (com maior sinistralidade e resultados financeiros mais fracos mais do que compensando prêmios).

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No setor atualmente o banco suíço prefere a Caixa Seguridade (CXSE3, preço-alvo de R$ 11, um potencial de alta de 60%) e BB Seguridade (BBSE3, preço-alvo de R$ 32, 20% de potencial de valorização) ambos com recomendação de compra, seguidos por Porto Seguro (PSSA3, neutro, preço-alvo de R$ 21).

Qualicorp (QUAL3)

Os analistas do Citi rebaixaram a recomendação para os ativos de neutro para “venda”, com o preço-alvo sendo cortado de R$ 15 para R$ 9 (queda de 13,7%), destacando que as tendências operacionais fracas devem persistir, além da falta de um catalisador claro de curto prazo.

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