Itaú (ITUB4) lucra R$ 8,742 bilhões no 2º trimestre, alta anual de 13,84%

Banco divulgou resultados na noite desta segunda-feira (7)

Equipe InfoMoney

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O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou lucro recorrente gerencial de R$ 8,742 bilhões referente ao segundo trimestre de 2023. A cifra é 13,84% maior que a registrada um ano antes. Na comparação com o primeiro trimestre, o crescimento foi de 3,63%.

O resultado ficou acima do esperado. O consenso Refinitiv previa lucro líquido de R$ 8,652 bilhões no período.

O lucro líquido consolidado da instituição financeira foi de R$ 8,9 bilhões.

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O retorno sobre patrimônio (ROE) do banco ficou em 20,9%, praticamente estável em relação ao primeiro trimestre (20,7%) e o registrado um ano antes (20,8%).

A margem financeira gerencial do banco ficou em R$ 25,997 bilhões, alta anual de 14,8%. Em comparação ao primeiro trimestre, houve um avanço de 5,3%.

Do total, a margem financeira com clientes foi de R$ 24,927 bilhões, cifra 3,7% maior que a registrada nos três primeiros meses do ano. A margem com o mercado também cresceu, 65,9%, na mesma base de comparação, para R$ 1,070 bilhão.

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No segundo trimestre de 2023, o Itaú provisionou R$ 9,44 bilhões, aumento de 3,9% em relação ao primeiro trimestre e de 25,3% em relação a um ano atrás.

“O aumento do custo do crédito no trimestre ocorreu principalmente em função da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de atacado no Brasil, devido à normalização do fluxo de provisionamento neste segmento”, explicou o Itaú.

“A maior despesa de PDD no atacado no Brasil foi parcialmente compensada por maiores receitas com recuperação de prejuízo no trimestre”, diz a análise do banco, que acompanha o resultado.

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O Itaú informou que houve venda de carteiras que se encontravam em prejuízo, no montante de
R$ 2,4 bilhões. Isso gerou impacto positivo de R$ 100 milhões na recuperação de crédito e de R$ 55 milhões no resultado recorrente gerencial.

O índice de empréstimos com mais 90 dias de atraso foi de 3%, ante 2,9% no primeiro trimestre. O indicador de pessoas físicas no Brasil permaneceu em 4,9%.

O índice de cobertura total ficou estável em 212%.

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A carteira de crédito do Itaú no período cresceu para R$ 1,15 trilhão, cifra 6,2% maior que a registrada um ano antes e 0,1% inferior à do primeiro trimestre. “Excluindo o efeito da variação cambial do
período, teríamos um crescimento de 1,3%”, afirma o banco.

O Itaú explica que, no Brasil, a carteira de crédito avançou 1,2%, com crescimento mais moderado em pessoas físicas e mais importante em grandes empresas, movimento alinhado à gestão estratégica de riscos do banco.

As despesas operacionais do Itaú cresceram 7,3% no segundo trimestre, para R$ 16,699 bilhões.

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“Iniciamos a segunda metade do ano otimistas com as perspectivas para o futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no país”, afirma o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, em nota à imprensa.

Revisão de guidance

Poucos itens do guidance do Itaú para 2023 sofreram alterações. A principal mudança foi no crescimento de receitas com prestação de serviços e resultado de seguros. Na projeção anterior, o Itaú via uma aceleração entre 7,5% e 10,75%. Agora, o crescimento deve ficar entre 5% e 7%.

A receita de prestação de serviços no segundo trimestre foi de R$ 10,363 bilhões, 1,3% menor que a registrada um ano antes. A de operações de seguros, por outro lado, cresceu 16,8%, na mesma base de comparação, para R$ 2,467 bilhões.

“Houve aumento do faturamento de adquirência em cartões, parcialmente compensado por menores receitas de emissão. Além disso, as receitas com bancos de investimento cresceram por maiores volumes no período e houve alta do resultado de seguros por aumento de prêmios ganhos”, explicou o Itaú.