Itaú BBA revisa transmissoras, eleva Cteep para compra e Taesa é “menos preferida”

Taesa tem recomendação neutra devido sua avaliação mais cara; Alupar foi mantida como compra

Felipe Moreira

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O Itaú BBA, ao revisar a recomendação para as transmissoras, elevou a recomendação para Cteep (TRPL4) de market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo passando de R$ 26,50 para R$ 31,50 ao final de 2025.

A revisão foi motivada pela avaliação atraente do papel e expectativa por melhores dividendos no curto prazo, além de forte crescimento orgânico de investimentos brownfield e maior liquidez após o follow-on secundário (a venda da participação parcial da Eletrobras ELET3 na empresa).

Segundo projeções, a Cteep deve pagar dividendos de alto dígito no curto a médio prazo, potencialmente chegando a 8,7% em 2024 (acima de seus pares), assumindo um payout (percentual do lucro distribuído aos acionistas como dividendos) de 75%.

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Alupar (ALUP11)

Já para Alupar (ALUP11), o BBA manteve classificação equivalente à compra e elevou preço-alvo de R$ 37,4 para R$ 42,7.

Segundo o relatório do banco, a companhia é a aposta do banco em crescimento, dada sua taxa interna de retorno (TIR) atraente e histórico comprovado em alocação de capital, particularmente nos recentes leilões de transmissão realizados em outros países da América Latina.

O BBA comenta que a Alupar pagará dividendos mais baixos do que seus pares de transmissão nos próximos anos, mas não vê isso como negativo, dado que seu fluxo de caixa está sendo investido com retornos razoáveis.

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No entanto, dadas as dinâmicas atuais do mercado em que os players de dividendos altos negociam a um prêmio, o banco espera que a Alupar negocie a um desconto em relação à Taesa e à Cteep. “A Alupar está negociando a uma taxa interna de retorno implícita de 11%, superior à de seus pares”, destaca.

Taesa (TAEE11)

Por outro lado, a Taesa (TAEE11) é o nome menos preferido do banco devido à sua avaliação mais cara, apesar de um bom rendimento de dividendos. Dessa forma, o Itaú BBA reiterou recomendação neutra, mas elevou preço-alvo de R$ 36,70 para R$ 37,50.

A equipe de research do banco vê a Taesa negociando a um prêmio em relação aos outros dois nomes, com uma taxa interna de retorno implícita de 7,6%, o que parece justo dado seu modelo de negócios de muito baixo risco.

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Apesar da alta alavancagem esperada para os próximos anos, especialmente no curto prazo (4,9 vezes dívida líquida/Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações em 2024 e 2025), os analistas enxergam uma tendência rápida de desalavancagem após 2026 e rendimentos de dividendos atraentes no médio a longo prazo. A projeção de rendimentos de dividendos é de 5,9%, 7,2% e 8,0% para 2024, 2025 e 2026.

Leilão de transmissão

O segundo leilão de transmissão do ano está programado para acontecer em 27 de setembro, com três lotes em seis estados disponíveis para licitação e um investimento total esperado de aproximadamente R$ 3,3 bilhões.

Embora seja um leilão muito menor do que os anteriores, o BBA espera um ambiente competitivo ainda intenso. Entre as três empresas, a Taesa é a única a ter expressado publicamente interesse em participar, enquanto a CTEEP já declarou que não participará do leilão. O BBA também espera que a Alupar participe.

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