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O Itaú BBA revisitou as suas preferências entre CSN (CSNA3) e a sua controlada (CMIN3), rebaixando a recomendação de CMIN3 para underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) e elevando CSNA3 para marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra). O preço-alvo para 2025 é de R$ 12 para CSN (alta de 3,4% frente o fechamento de sexta) e de R$ 5,70 para CSN Mineração (queda de 7,8%).
O banco aponta que, desde que rebaixou CSNA3 em abril, as ações caíram cerca de 23%, 29 pontos percentuais (pp) abaixo do Ibovespa, enquanto CMIN3 subiu cerca de 18%.
“Agora, acreditamos que é hora de mudar de direção (…). Estamos reduzindo nossa previsão de preço do minério de ferro para 2025 para US$ 95/tonelada (t) (de US$ 100/t anteriormente), seguindo um cenário macroeconômico mais desafiador na China, que prejudica tanto a CSNA3 quanto a CMIN3“, avaliam os analistas.
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Dito isso, números mais fortes nos setores de aço e cimento apoiarão um desempenho relativamente melhor para a CSN, apontam. A avaliação da CSN agora parece justa, afirma ainda a equipe de análise, mas a CMIN parece cara a 8,5 vezes o múltiplo de EV/Ebitda (valor de mercado de uma empresa e da sua dívida líquida/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025.
O banco vê CMIN3 com uma estrutura de capital sólida, mas nota geração negativa de fluxo de caixa livre devido aos investimentos em capex (investimentos em capital) para o projeto P15.
Sobre o minério, ao reduzir a estimativa do preço para o segundo semestre de 2024 e 2025, o BBA ressalta que a produção de aço na China está caindo cerca de 3% até agora, de acordo com a CISA. Além do ainda fraco setor imobiliário, a atividade de manufatura e infraestrutura tem sido um tanto decepcionante. O corte nas projeções também ocorre devido a dinâmicas desafiadoras de oferta e demanda, com o aumento da capacidade e uma demanda global relativamente estável.
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Enquanto isso, o pior parece estar para trás para o setor de aço brasileiro, avalia. A demanda fraca e a feroz concorrência das importações de aço resultaram em um ambiente operacional desafiador para os fabricantes de aço brasileiros no primeiro semestre de 2024, traduzindo-se em margens baixas a médias de um dígito.
O banco acredita que a combinação de custos mais baixos e preços ligeiramente mais altos se traduzirá em maior rentabilidade no futuro. “Sobre o primeiro, notamos que a queda nos preços das matérias-primas (ou seja, minério de ferro, carvão e chapas de terceiros) fluirá pelas demonstrações financeiras dos produtores, impulsionando as iniciativas internas de redução de custos. O principal risco para as margens parece ser o ainda alto prêmio de paridade de importação de [aço do tipo] HRC (agora em cerca de 32%)”, avalia a equipe de análise. No geral, vê o Ebitda de aço da CSN melhorando em cerca de 50% ano a ano em 2025, para cerca de R$ 2,7 bilhões.
Gerdau segue como compra pelo BBI
Enquanto isso, o Bradesco BBI manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e atualizou o preço-alvo de R$ 23 para 2024 a R$ 25 para 2025, um upside de 38%.
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A análise do BBI destaca que, apesar do pessimismo crescente em relação ao setor de matérias-primas da América Latina, a Gerdau apresenta fundamentos sólidos no Brasil, com demanda e preços em alta.
A avaliação da Gerdau é considerada atrativa mesmo em cenários pessimistas, e a empresa deve se beneficiar de iniciativas internas para sustentar seus ganhos.
O banco ainda tem uma expectativa de rendimento de dividendos (dividend yield, dividendo em relação ao preço da ação) de 7-8% para 2024-25.