Itaú BBA lista 7 ações com foco em dividendos para ficar de olho em meio a incertezas

Índice Dividendos (IDIV) consistentemente superou o Ibovespa nos últimos anos

Felipe Moreira

(Foto: Freepik)
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Em meio a piora das perspectivas fiscais e manutenção dos juros altos por mais tempo, o Itaú BBA aponta 7 ações com foco em dividendos para possuir em tempos de incerteza. O banco justifica que o Índice Dividendos (IDIV) consistentemente superou o Ibovespa nos últimos anos (55,2% ante 22,1% nos últimos 5 anos).

O índice é composto por ações que têm perfis de rentabilidade consistentes, permitindo-lhes pagar dividendos regularmente. Além disso, parte desses retornos vem através de dividendos, que são reinvestidos em índices de retorno total.

As ações escolhidas pelo BBA são Banco do Brasil (BBAS3), CPFL (CPFE3), Randoncorp (RAPT4), Santos Brasil (STBP3), Direcional (DIRR3), PetroReconcavo (RECV3) e Cury (CURY3).

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Ainda sobre o índice de dividendos, o banco explica que o rendimento de dividendo esperado do IDIV tem um spread em relação às taxas reais de 10 anos, que atualmente paira em torno de 260 pontos-base, enquanto o Ibovespa tem um gap mais estreito. O rendimento de consenso do IDIV para 12 meses é de 9%.

Como o IDIV é construído em um período de 36 meses, o BBA espera que suas ações mais representativas venham de setores menos voláteis em comparação com o IBOV, um índice amplo. Utilidades é o setor mais representativo no IDIV (pesando mais de duas vezes seu peso no IBOV), seguido por Financeiras (com um peso ligeiramente menor que o IBOV). Energia, Consumo e Industriais são as maiores discrepâncias, com menores pesos no índice.

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O banco comenta ainda que existe uma correlação negativa entre o crescimento dos lucros e o rendimento de dividendos. “De certa forma, faz sentido que setores que são esperados para crescer mais tenham rendimentos de dividendos mais baixos, seja por bases de comparação mais baixas de 2023, com menor lucratividade retendo o dinheiro a ser distribuído, ou pela disponibilidade de oportunidades de crescimento, inclinando decisões de alocação de capital para oportunidades de reinvestimento em vez de retribuição aos acionistas”, explica o banco.

Por outro lado, analistas ressaltam que a qualidade também importa. Ao considerar a relação entre dividendos e ROE (retorno sobre patrimônio líquido), parece ser positiva, pois setores e empresas com perfis de retorno consistentes tipicamente têm melhor visibilidade sobre seu fluxo de caixa, permitindo-lhes oferecer rendimentos de dividendos mais altos.