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SÃO PAULO – Em um dia de noticiário corporativo mais fraco, a terça-feira é marcada por análises de bancos sobre o que esperar para os balanços do quarto trimestre, com destaque para a expectativa do Itaú BBA sobre a Vale. Já o Bradesco BBI reduziu o preço-alvo para as ações da BM&FBovespa. Confira mais destaques desta terça-feira (3):
Vale (VALE3;VALE5)
O Itaú BBA afirmou ver o quarto trimestre da Vale ajudado por preço de minério e metais. O Ebitda da Vale no período poderia alcançar US$ 4,5 bilhões, acima dos US$ 3,0 bilhões no terceiro trimestre, ajudado pelo aumento de preço do minério de ferro e de outras commodities, segundo relatório com cálculos preliminares de analistas liderados por Marcos Assumpção. Os dados divulgados pela Secex nesta segunda-feira mostraram que as exportações de minério de ferro totalizaram 97 milhões de toneladas nosa últimos três meses do ano passado, queda de 4% na comparação trimestral e de 5% na base anual. Em 2016, as exportações de minério de ferro alcançaram 374 milhões de toneladas, alta de 2% na base anual, “mesmo considerando a redução nas exportações da Samarco ao longo de 2016”.
As receitas aumentaram 24% na base anual, “impulsionadas pelo aumento dos preços do minério de ferro, que será o principal motor por trás do impressionante resultado do quatro trimestre que esperamos de Vale”. “A Vale também deve se beneficiar de preços mais elevados de outras commodities, como carvão de coque e metais básicos”.
Siderúrgicas
O Itaú BBA vê as siderúrgicas anunciando nova rodada de reajustes. “As empresas de aço podem anunciar uma nova rodada de aumentos de preços, possivelmente levando a reações positivas nas ações”, segundo relatório de analistas liderados por Marcos Assumpção.
As exportações de aço plano somaram 713.000 toneladas noquatro trimestre, queda de 26% na comparação anual, “mais uma vez refletindo um cenário de real mais valorizado, medidas antidumping contra as exportações brasileiras aos EUA e menor produção de players brasileiros”. “Esperamos que os resultados do quarto trimestre sejam marcados por menores receitas de exportação de aço, mas maiores receitas domésticas, impulsionadas pelo aumento dos preços do aço”, afirmam os analistas.
Papel e celulose
O Itaú BBA vê volumes maiores e preços menores de celulose no quarto trimestre. “Não esperamos grandes surpresas vindas das empresas de papel e celulose na temporada de balanços do quarto trimestre, com volumes ligeiramente mais fortes, mas preços mais baixos”, segundo relatório de analistas liderados por Marcos Assumpção. A “sazonalidade positiva de final de ano provavelmente produzirá volumes fortes”, afirmam os analistas.
As exportações de celulose atingiram 3,5 milhões de toneladas no quatro trimestre, alta de 1% na base trimestral e alta de 9% na base anual, segundo dados divulgados pela Secex na segunda-feira. Em 2016, exportações de celulose somaram 13,5 milhões de toneladas, alta de 13% na base anual. “Observamos que as exportações de celulose de Paranaguá, uma boa proxy para os volumes de exportação de celulose da Klabin (KLBN11), durante os dois primeiros meses do trimestre ficaram em um decepcionante 161.000 toneladas (126.000 toneladas de madeira e 35.000 toneladas de fibra longa), em comparação com 339.000 no terceiro trimestre).
BM&FBovespa (BVMF3)
A BM&FBovespa teve o preço-alvo no fim de 2017 reduzido de R$ 24 para R$ 23 pelo Bradesco BBI. Já a recomendação outperform foi mantida.
Elétricas
O setor elétrico deve ligar o sinal de alerta neste começo de ano, como informa o jornal Valor Econômico de hoje. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um crescimento de 3,7% do consumo de energia em janeiro, em relação a igual período de 2016, totalizando 67.845 megawatts (MW) médios, em meio à elevação das temperaturas no primeiro mês deste ano, segundo especialistas e meteorologistas. “As temperaturas elevadas também são reflexo de um volume de chuvas menos intenso previsto para janeiro, na comparação com igual mês de 2016. Menos chuvas se traduzem em um nível menor de armazenamento dos reservatórios hidrelétricos, justamente em um período considerado importante para a recuperação dos lagos das usinas”, informa o jornal.
Segundo Leontina Pinto, diretora-executiva da consultoria Engenho, a situação dos reservatórios hidrelétricos do país é preocupante, apesar da aparente tranquilidade devido ao consumo mais fraco nos últimos anos. “Basta ver o preço alto da energia de curto prazo em janeiro”, afirmou. O preço de liquidação das diferenças (PLD), o preço de curto prazo, está em R$ 148,04 por megawatt-hora (MWh), valor considerado elevado para essa época do ano, destaca o jornal.
Frigoríficos
O BTG Pactual comentou os dados da Secex sobre o mercado frigorífico brasileiro. De acordo com os analistas do banco, as distorções de preços não mancham uma tendência de melhora no ciclo de carne de frango, enquanto que, apesar da sazonalidade dos preços, a perspectiva para a carne bovina continua muito atrativa. Os analistas têm preferência pelo setor bovino e a Minerva (BEEF3) continua sendo a top pick do banco no setor.
Magnesita (MAGG3)
A Magnesita elege Eduardo Romeu Ferraz novo CFO e RI no lugar de Eduardo Gotilla, que continua diretor da Magnesita International.
Celpa (CELP5)
O investidor Victor Adler atingiu participação de 5,96% das ações PNA da Celpa, informou a companhia em comunicado. “Victor Adler salienta que a referida aquisição foi efetuada como estratégia de investimento e não objetiva alterar a administração ou a composição do controle da Sociedade”, destaca o comunicado.
Cemig (CMIG4)
A Aneel liberou seis unidades geradoras da UHE Santo Antônio para início da operação comercial a partir de hoje, segundo despacho publicado no Diário Oficial.
O aval é para as unidades geradoras UG45, UG46, UG47, UG48, UG49 e UG50, de 69.590 kW cada, totalizando 417.540 kW. Furnas, Caixa FIP Amazônia Energia, Odebrecht, SAAG e Cemig Geração e Transmissão são os acionistas da Santo Antônio Energia.
(Com Bloomberg)