Itaú BBA eleva recomendação para Cielo (CIEL3) e corta para B3 (B3SA3); BB (BBAS3) segue top pick entre “bancões”

Analistas revisaram suas projeções para ações do setor financeiro com a proximidade da temporada de balanços

Lara Rizério

(Divulgação/Cielo)
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Os analistas do Itaú BBA revisaram as suas projeções para as ações de empresas do setor financeiro, de olho na temporada de resultados do segundo trimestre de 2022 e atualizando as preferências. Entre os destaques, Cielo (CIEL3) teve a recomendação elevada para equivalente à compra, enquanto B3 (B3SA3) teve a recomendação reduzida.

Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, que assinam o relatório, destacaram que o Banco do Brasil (BBAS3) permanece como o top pick entre os grandes bancos por conta do portfólio menos cíclico e forte tendência NII  (margem financeira l[iquida). A recomendação para os ativos BBAS3 é outperform (desempenho acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 23, ou potencial de valorização de 36% frente o fechamento da véspera.

Por outro lado, evitam os “neobanks” como Nubank (NU) e Pan (BPAN4) pela forte concentração do crédito no varejo e altos custos de financiamento. Para o Nubank, a recomendação é underperform (desempenho abaixo da média do mercado) com preço-alvo de US$ 4 (1% menor frente o fechamento anterior) e, para o Pan, é marketperform (desempenho em linha), com preço-alvo de R$ 12 (ainda uma alta de 91%).

Para os grandes bancos, os analistas do BBA esperam uma aceleração da inadimplência para o varejo que deve arrefecer empréstimos. Enquanto isso, para o trimestre, recomenda monitorar possíveis pressões de custos operacionais e resultado para pequenas e médias empresas. O Santander (SANB11) é o ativo para o qual os analistas possuem a visão menos construtiva para o segmento, possuindo recomendação underperform, com preço-alvo de R$ 29 (upside de 5%). Já o BTG (BPAC11) segue como top pick para mercado de capitais, com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 35 (upside de 59%).

Entre as empresas de maquininhas, a Cielo (CIEL3) teve a recomendação elevada de neutro para outperform pela expectativa de fortes volumes e crescimento para a indústria, com leve impacto em reprecificação.

A expectativa dos analistas é de R$ 300 milhões de ganhos para o trimestre e de R$ 1,1 bilhão para o ano (versus projeção anterior de R$ 985 milhões), explicados pelo crescimento da receita, menores custos de aquisição e melhores resultados para Cateno. Cabe ressaltar que a Cielo se destaca como a maior alta do Ibovespa em 2022, com ganhos superiores a 70%. O preço-alvo do BBA para CIEL3 é de R$ 5, ou potencial de alta de 29%.

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Já as adquirentes Stone e PagSeguro, listadas nos EUA, devem continuar se recuperando, mas com menos fôlego do que nos trimestres anteriores, avaliam. A recomendação para PagSeguro é outperform, com preço-alvo de US$ 18,60 (upside de 73%) e para Stone é marketpeform, com preço-alvo de US$ 11 (upside de 26%).

Por outro lado, os analistas cortaram a recomendação para B3 de outperform para marketperform pelo momento menos aquecido do mercado de capitais combinado com maiores custos de investimento em tecnologia, produtos e novos negócios. Os analistas veem que a operadora da Bolsa provavelmente continuará perdendo rentabilidade e com impulso menor de alta de receita. O preço-alvo é de R$ 13 (com upside de 26%).

Já para as seguradoras, com crescimento de receita, queda de taxas de sinistro e melhores resultados financeiro, os analistas esperam um crescimento de lucro de 68% para BB Seguridade (BBSE3) e 60% para Caixa Seguridade (CXSE3), acima do consenso. A recomendação para ambas é outperform, com preço-alvo de R$ 32 para BBSE3 (upside de 26%) e de R$ 8,80 para CXSE3 (upside de 32%).

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.