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A Isa Cteep (TRLP4), concessionária paulista de transmissão de energia, registrou lucro líquido regulatório de R$ 425,6 milhões no segundo trimestre de 2024, cifra 62,9% maior que a obtida um ano antes. De acordo com a companhia, o resultado foi impulsionado por um incremento no desempenho operacional e um melhor resultado financeiro no período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) regulatório foi de R$ 891 milhões, com alta anual de 29,7%. A margem Ebitda encerrou o trimestre em 80,1%, com alta de 3,1 pontos percentuais na comparação anual.
A entrada em operação de dois projetos greenfield, Itaúnas e Triângulo Mineiro, contribuíram com o resultado. Além disso, a companhia contabilizou o início das operações de 67 projetos de reforços e melhorias nos últimos 12 meses.
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Entre abril e junho deste ano, a receita líquida da Isa Cteep foi a R$ 1,112 bilhão, com alta anual de 24,7%.
O capex da companhia no período foi de 69,6%, atingindo R$ 640,2 milhões. Os investimentos em greenfield quase triplicaram, chegando a R$ 340,4 milhões – destaque para os projetos Piraquê (R$ 149 milhões), Riacho Grande (R$ 48,7 milhões) e Minuano (R$ 48,4 milhões), com energização prevista para o final de 2024. Atualmente, a Isa Cteep tem sete projetos greenfield em construção com investimentos previstos em R$ 10 bilhões.
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O custo com pessoal e serviços (PMSO) da empresa ficou em R$ 201,2 milhões, com alta de 12,5%. O incremento está relacionado a acordos coletivos assinados no segundo semestre de 2023, aumento no quadro de funcionários para atuar em novos projetos greenfield, e despesas com consultoria, implantação de softwares e serviços de manutenção.
O resultado financeiro da companhia ficou negativo em R$ 240,1 milhões, mas a despesa foi 6,9% menor que a registrada um ano antes.
A dívida líquida ficou em R$ 9,32 bilhões, com alta de 19,7%. A companhia vem fazendo captações no mercado para fazer frente aos seus investimentos. No segundo trimestre, levantou R$ 1 bilhão com mais uma emissão de debêntures. Com as operações, o custo médio da dívida da Isa Cteep terminou em 10,50% (ante 11,06% no final do ano passado).
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Revisão tarifária periódica
No início deste mês de julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou, com atraso, a revisão tarifária periódica dos contratos de transmissão, que ocorre a cada cinco anos, com efeito sobre a concessão da Cteep em São Paulo.
A base de remuneração regulatória (retorno sobre capital investido pela empresa nos ativos de distribuição) atingiu R$ 6,6 bilhões, com crescimento de 3% em relação à revisão tarifária de 2018.
“A companhia foi mais uma vez tida como referência em custo fixo no contrato renovado. Foram investimentos bem apreciados, com eficiência adequada”, afirmou Rui Chammas, CEO da ISA Cteep ao InfoMoney.
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“É a materialização do investimento em reforços e melhorias. […] Estamos trazendo mais infraestrutura para o estado de São Paulo, que precisava de modernização, estamos falando de ativos nos anos 70”, complementa.
No primeiro semestre de 2024, a Isa Cteep substituiu 795 equipamentos, em um investimento que somou R$ 583,5 milhões no período, cifra 22,3% maior que a registrada um ano antes. A empresa tem R$ 5 bilhões em investimentos autorizados pela Aneel a ser realizados em cinco anos.