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A saída de Eletrobras (ELET3) da base acionária da Isa Cteep (TRPL4) penalizou a ação da concessionária de distribuição de energia, que opera abaixo dos R$ 25 desde a realização do follow on, no último dia 19 de julho. Dias antes, o papel estava próximo dos R$ 28. Na operação, a ex-estatal vendeu 93 milhões de ações da antiga Transmissão Paulista e levantou R$ 2,2 bilhões.
Para Rui Chammas, CEO da Isa Cteep, é natural um desconto na ação em momento de excesso de oferta. “Sobre o follow-on das ações que estavam na mão da Eletrobras, para mim, a operação foi um sucesso”, disse o executivo ao InfoMoney.
“Os fundamentos da companhia não mudaram. E eu quero crer que o fato de ter mais liquidez traga por si uma valorização, uma vez que a companhia vai ter um próximo rebalanceamento e peso maior na carteira do Ibovespa. Portanto, uma demanda passiva natural maior.”
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Mais da metade das ações em circulação da Isa Cteep estavam com a Eletrobras (9,73% das ordinárias e 52,48% dos papéis preferenciais). Na prática, menos de um terço dos papéis da companhia tinham liquidez de fato.
“O movimento é muito benéfico para gerar mais demanda e ter uma valorização da ação”, afirmou Silvia Diniz Wada, CFO da companhia. A ISA Cteep voltou a dizer que não pensa em um programa de recompra.
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“Buyback é para empresas que não enxergam tanta oportunidade de alocação de recursos, o que não é o nosso caso”, complementa. Atualmente a Isa Cteep tem um pipeline de R$ 15 bilhões em investimentos para fazer: R$ 10 bilhões em projetos greenfield e R$ 5 bilhões em reforços e melhorias.
“Não significa que é algo que nunca faríamos [a recompra de ações]. A gente avaliaria. Mas, nesse momento, entendemos que existem outras opções de crescimento”, conclui a executiva.