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Os investimentos da Isa Cteep (TRPL4), transmissora paulista de energia, bateram recorde no terceiro trimestre. Chegaram a R$ 867,9 milhões, com alta de 64,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total dessa cifra, R$ 491,5 milhões foram direcionados aos sete projetos greenfield da empresa em andamento. Piraquê (MG) recebeu R$ 257,7 milhões, enquanto Riacho Grande (SP) e Minuano (RS) ficaram com R$ 115,9 milhões e R$ 70,5 milhões, respectivamente.
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Tratam-se concessões arrematadas pela empresa, protagonista dos leilões da Aneel em 2023. Nos últimos três certames, porém, a companhia ficou de fora, pois decidiu priorizar seu plano de investimento de mais de R$ 15 bilhões, anunciado no ano passado. Do total desse valor, R$ 10 bilhões são para os projetos greenfield.
Os outros R$ 5 bilhões estão sendo investidos em reforços e melhorias de instalações operadas pela companhia. No terceiro trimestre, a Isa Cteep direcionou R$ 376,4 milhões nessa finalidade, cifra R$ 22,4% maior que a do mesmo período do ano passado.
Os números no geral já ultrapassam os de 2023. Nos nove primeiros meses de 2024, os investimentos da Isa Cteep já somam R$ 2,342 bilhões, superando os R$ 2,06 bilhões registrados em todo o ano passado.
“Tudo isso se faz dentro de uma responsabilidade financeira”, disse Rui Chammas, CEO da Isa Cteep ao InfoMoney. A companhia evita dar um passo maior que a perna pois quer manter a boa avaliação que possui perante as agências de classificação de risco, o que ajuda em captações para financiar o plano de investimento bilionário. Além disso, quer seguir honrando o compromisso com os investidores.
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No mínimo 75%
Mesmo com os investimentos recordes, a administração garante que nada mudará em sua política de distribuir pelo menos 75% de seu lucro regulatório em remuneração aos acionistas. “Isso não está em questão, vamos manter, mesmo com o nosso ciclo de crescimento”, afirmou Silvia Wada, CFO da transmissora de energia.
A alavancagem da Isa Cteep medida pela relação dívida líquida e Ebitda ficou em 2,49 vezes ao final de setembro. “Estamos em um patamar adequado”, complementa a executiva.
A crescente necessidade de caixa da companhia divide opiniões entre os “dividendeiros”. Mas mesmo assumindo um payout (percentual do lucro distribuído aos acionistas como dividendos) de 75%, o Itaú BBA prevê que a Isa Cteep deve seguir pagando dividendos de alto dígito no curto a médio prazo, “potencialmente chegando a 8,7% em 2024 (acima de seus pares)”, diz relatório da casa publicado no último mês de setembro.