IRB: os dados que fizeram IRBR3 saltar 65% em um mês – e como o mercado vê as ações

Analistas elevaram as suas projeções para os ativos, ainda que se dividam sobre se ação é manutenção ou compra

Equipe InfoMoney

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A ação do IRB (IRBR3) foi o grande destaque do mês de agosto, com disparada de 65,06%, maior avanço entre os ativos que compõem o Ibovespa e mantendo a sua trajetória de recuperação após a fraude revelada em 2020 que levou a uma derrocada das ações. No ano, os papéis avançam 14%.

A divulgação de resultados do segundo trimestre de 2024 do IRB no último dia 14 foi o catalisador para a disparada das ações do ressegurador. A companhia teve lucro líquido de R$ 65,2 milhões no segundo trimestre, um salto de 225% na comparação ano a ano e acima das previsões de analistas.

Na teleconferência sobre o resultado, o IRB(Re) compartilhou uma mensagem otimista para os próximos trimestres, segundo destacaram os analistas do Citi. “Eles (IRB) acreditam que a maioria das reivindicações sobre Rio Grande do Sul será concentrada no segundo trimestre e que o ‘buffer’ de capital atual permite que eles acelerem (o crescimento) – desde que encontrem demanda a preços certos”, acrescentaram os analistas do Citi em relatório a clientes, reiterando recomendação de “compra” para as ações.

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Após o balanço, o BTG Pactual elevou a recomendação das ações de neutra para compra. “Os resultados do segundo trimestre do IRB foram uma grande surpresa positiva”, afirmaram os analistas do banco, que possui preço-alvo de R$ 55 para os ativos. Os analistas destacaram que a companhia conseguiu registrar tal resultado mesmo com os R$ 257 milhões (antes dos impostos) em sinistros adicionais decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul, que incluem R$ 107 milhões em provisões para sinistros futuros esperados. O banco vê ainda espaço para crescimento adicional do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) nos anos seguintes.

Por outro lado, no fim do mês passado, o JPMorgan manteve recomendação equivalente à neutra para as ações, ainda que rolando o preço-alvo para os ativos de R$ 37 em 2024 para R$ 44 em 2025.

Para 2024, o JPMorgan revisou sua estimativa de lucro de R$ 165 milhões para R$ 336 milhões. Para 2025, subiu nossa estimativa de lucro em 6%, para R$ 507 milhões.

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De acordo com compilação LSEG, de 5 casas que cobrem as ações, 2 contam com recomendação de compra e 3 com recomendação de manutenção, com preço-alvo médio de R$ 52,33, ou 7% acima do fechamento da véspera.