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SÃO PAULO – O IRB Brasil (IRBR3) registrou queda de 27,8% no prejuízo líquido, que ficou em R$ 155,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante perdas líquidas de R$ 215,6 milhões de um ano atrás. A empresa informou ainda que, na visão recorrente, registrou lucro líquido de R$ 44,5 milhões.
O resultado líquido contábil da companhia no 3T21 foi negativamente impactado pelos negócios descontinuados (em run-off), com efeito total negativo de R$ 329,5 milhões, dos quais R$ 219,4 milhões decorrentes da cauda de contrato descontinuado do segmento de Vida no exterior.
Esse impacto foi parcialmente compensado por efeitos não recorrentes (one-offs) de R$ 129,3 milhões, principalmente devido ao ganho de ação judicial referente ao PIS/Pasep, destaca a empresa.
“Os números mostram recuperação e melhora da companhia. O IRB trabalha fortemente para ter processos bem estruturados, governança forte e estratégia de longo prazo, além de ter revisado toda sua carteira de subscrição para torná-la rentável e sustentável. Nosso objetivo é crescer com rentabilidade, usando nossos diferenciais competitivos para alavancar nossa participação no mercado local”, escreveu o CEO do IRB Brasil RE, Raphael de Carvalho, em comunicado de imprensa.
Sinistralidade
No 3T21, o sinistro retido total foi de R$ 1.992,3 milhões, uma elevação de 33,9% ante o mesmo período em 2020.
A alta é reflexo da elevação das provisões de sinistros a liquidar, que cresceram por conta do reconhecimento de sinistro de contrato descontinuado (run-off) no segmento de Vida no exterior, no montante de R$ 219,4 milhões. Excluindo os sinistros dos negócios descontinuados, que totalizaram R$ 349,2 milhões, o índice de sinistralidade do 3T21 foi de 99,6%.
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“Vale ressaltar que, na comparação dos trimestres, o índice de sinistralidade foi impactado pela cauda dos contratos descontinuados. Na visão recorrente, registramos sinistros nos segmentos patrimonial, de riscos especiais e aviação, decorrentes de Contratos Facultativos, cuja cobertura dos riscos faz parte de nosso negócio e cuja sinistralidade está em linha com o mercado de seguros e resseguros, que no terceiro trimestre teve queda no desempenho em termos gerais”, analisa Wilson Toneto, vice-presidente Técnico e de Operações do IRB Brasil RE.
Prêmios no balanço do IRB
De julho a setembro, o volume total de prêmios emitidos pelo IRB Brasil RE apresentou uma redução de 12,4% em relação ao 3T20, totalizando R$ 2.607,7 milhões.
Já o prêmio emitido no Brasil somou R$ 1.793,5 milhões no 3T21, praticamente estável ante igual período de 2020. Destacam-se as linhas de Rural, com alta de 70,3%, e Vida, com 38,1%.
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O prêmio emitido no exterior, por sua vez, totalizou R$ 814,2 milhões no 3T21, o que representou uma redução de 30,2% em relação ao 3T20.
Caixa operacional
O IRB Brasil RE apresentou geração de caixa operacional positiva pelo quinto trimestre consecutivo, informou. Neste 3T21, a geração de R$ 604,8 milhões é 332% superior aos R$ 140 milhões gerados no 3T20.
Willy Jordan, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores, destacou que os resultados e a geração de caixa têm que convergir no longo prazo.
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“No passado o IRB dava resultados positivos e queimava caixa. Desde a reestruturação, em contrapartida, viemos pagando essa diferença com resultados contábeis que ainda estão negativos, mas a geração de caixa positiva indica que estamos avançando no caminho certo”, disse Jordan
Solvência e enquadramento regulatório
O IRB Brasil RE registrou, no fim do 3T21, excesso de capital regulatório de R$ 647,2 milhões. Isso equivale a um índice de solvência regulatória de 142% (patrimônio líquido ajustado vs. capital de risco total), ao mesmo tempo em que o índice de solvência total da empresa (geralmente utilizado em outros países) alcançou o patamar de 264% (patrimônio líquido vs. capital de risco total).
A companhia encerrou o trimestre com suficiência no enquadramento regulatório de R$ 43 milhões. Excluindo-se a margem adicional de 20% sobre o capital de risco, a suficiência de ativos elegíveis para garantia das provisões técnicas ficou em R$ 347,4 milhões.
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Perspectivas
“No quarto trimestre nosso foco será direcionado a voltar a crescer com rentabilidade. Acreditamos que alguns vetores influenciarão positivamente essa trajetória, sobretudo em 2022, como por exemplo projetos de infraestrutura, concessões e a contínua retomada do emprego. Esperamos também impacto positivo na rentabilidade financeira com o novo cenário de juros e o arrefecimento dos efeitos dos negócios em run-off”, analisa Raphael de Carvalho.
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