Irã-Israel: Sentimento de aversão a risco no curto prazo deve seguir, dizem analistas

Durante o Morning Call, eles comentaram que a resposta do irã neste final de semana ao bombardeio de sua embaixada na Síria foi pontual

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Analistas da XP comentaram o ataque iraniano a Israel neste final de semana, em resposta ao bombardeio israelense no início do mês à embaixada do Irã em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária Iraniana, divisão das forças armadas daquele país.

Segundo Paulo Gitz, estrategista global da XP, o mercado já esperava reação iraniana desde o ataque de Israel à embaixada. Para ele, o impacto foi bastante “minimizado” por conta da interceptação dos drones lançados pelo Irã em Israel.

“A situação segue complexa. A gente vai monitor agora a resposta de Israel para saber se o conflito vai escalar ou acalmar”, disse ele, durante Morning Call da XP

Irã-Israel: conflito e aversão a risco

No curto do prazo, o mercado tende a manter certa aversão ao risco por conta das tensões geopolíticas. A avaliação é de Natalia Moura, analista de renda fixa da XP.

Ela aponta que o mercado olha também com atenção os dados nos EUA e os riscos políticos no Brasil em meio à crise no Oriente Médio.

Samuel Isaak, analista de commodities da XP, lembrou durante o Morning Call que o petróleo havia subido de preço quando Israel bombardeou a embaixada iraniana. Ele vê o contra-ataque iraniano como “telegrafado”.

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Para Isaak, o mercado interpretou como “melhor do que o esperado” o novo passo dado na guerra entre Israel e Hammas nesse final de semana.

O analista afirmou que o preço do petróleo já estava pressionado não só por conta do conflito no Oriente Médio, mas em relação a outros problemas geopolíticos e econômicos globais.

Ele acrescentou que as sanções a metais da Rússia impostas pelos EUA e Inglaterra, anunciadas neste final de semana e válidas a partir de 13 de abril, também devem pressionar as commodities de forma geral.

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Isaak comentou também que o mercado de commodities, no fim, acaba encontrando outro fluxo comercial para dar vazão aos produtos quando problemas geopolíticos acontecem.

Esse foi o caso, acrescentou, do petróleo russo, que tem tido novos destinos desde que passou a sofrer duras sanções dos EUA e Europa.