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SÃO PAULO – Além da Petrobras (PETR3; PETR4), o noticiário corporativo aparece movimentado com diversos outros resultados do segundo trimestre e recomendações.
Sobre a estatal, a companhia reportou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 531 milhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 90% ante o trimestre anterior, quando a companhia teve lucro de R$ 5,330 bilhões. A média de 7 analistas compilados pela Bloomberg era de lucro de R$ 4,525 bilhões.
O resultado foi impactado principalmente por uma baixa contábil (impairment) de R$ 1,28 bilhão, devido à exclusão de projetos de carteira de investimentos contemplada no plano de negócios e gestão de 2015 a 2019, além de lançamento de pagamento e provisões de dívidas tributárias relativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A petroleira pagou no segundo trimestre uma dívida tributária de R$ 1,6 bilhão de reais e provisionou outros R$ 2,6 bilhões para outras três ações tributárias, que já estão em fase de julgamento.
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Já o Ebitda (Lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou acima do esperado pelo consenso dos analistas e somou R$ 19,771 bilhões de abril a junho de 2015, alta de 21,7% sobre um ano antes. A expectativa era uma geração de caixa de R$ 19,087 bilhões.
Segundo o Itaú BBA, o resultado deve ser olhado com alguma cautela, já que a depreciação do real frente ao dólar, deve afetar negativamente o endividamento da estatal no próximo trimestre. Os analistas veem como improvável uma sustentável geração de caixa positiva, quando os investimentos voltarem a seus níveis recorrentes. Na mesma linha aparece o Santander, que disse que espera que essa combinação desfavorável dos preços do petróleo e depreciação do real limite ainda mais o potencial para reajustes de combustíveis e aumente o endividamento da companhia. Já para o Bank of America Merrill Lynch, o mercado deve reagir favoravelmente ao balanço.
Além do resultado, o conselho de administração da Petrobras aprovou um plano para requerer a permissão regulatória para listar na bolsa a BR Distribuidora, unidade de distribuição de combustíveis da estatal, semanas após contratar os bancos que conduzirão a operação. A BR Distribuidora foi avaliada recentemente em cerca de R$ 10 bilhões por analistas da UBS Securities. Uma fonte do setor bancário afirmou anteriormente que a oferta pode ser realizada por ao menos um quarto de tal quantia.
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Estácio
Ainda sobre a temporada de balanços, a Estácio (ESTC3) teve lucro líquido consolidado de R$ 131,9 milhões no segundo trimestre, alta de 53,4% na comparação anual. Desconsiderando aquisições, o lucro cresceu 30,5%, a R$ 112,2 milhões. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de R$ 101 milhões no período.
A companhia disse que espera que a base de alunos presenciais cresça de 3% a 6% no segundo semestre, após ter revisto investimentos por causa de problemas relacionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Cetip
A Cetip (CTIP3), maior central depositária de títulos privados da América Latina, reportou lucro líquido de R$ 118,7 milhões no período, aumento de 18,3% em relação ao mesmo períod de 2014. O número veio em linha com a previsão média de analistas consultados pela Reuters, de lucro de R$ 119 milhões no período.
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Iochpe-Maxion
A Iochpe-Maxion (MYPK3) registrou lucro líquido de R$ 70,241 milhões, alta de 656,4% contra o mesmo período de 2014. A receita líquida da companhia foi de R$ 1,6 bilhão, aumento de 16,6% na mesma base de comparação. Juntamente com o balanço, a companhia disse que avalia captação no mercado internacional.
Embraer
A Embraer (EMBR3) pode fechar fábrica na China por baixa demanda. Segundo o presidente da Embraer Aviação Executiva, Marco Tulio Pellegrini, o desestímulo do governo chinês a produtos de luxo tem afetado a demanda por jatos privados. A fábrica chinesa da companhia pode fechar se a demanda esfriar após a empresa concluir entregas no final deste ano. “Não faz sentido ter uma fábrica se a demanda não está lá”, disse Pellegrini à Bloomberg.
Fibria
A Fibria (FIBR3) teve sua recomendação elevada pelo Itaú BBA para outperform (equivalente a compra). Os papéis da companhia tiveram sua sexta alta seguida ontem, renovando máxima desde 2008, e acumulando no período valorização de 12,3%.
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Copel
A Copel (CPLE6) teve a concessão da PCH Chopim I exinta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) teve seu rating cortado pela Standard & Poor’s de “B” para “B-“, com perspectiva negativa.
Eletropaulo
A Eletropaulo (ELPL4) aprovou a emissão de R$ 100 milhões em notas promissórias.
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Arteris
Voltando à temporada, a Arteris (ARTR3) anunciou um lucro líquido de R$ 60,6 milhões, mostrando queda de 34,1% em relação ao segundo trimestre de 2014, quando alcançou R$ 91,9 milhões.
Houve aumento de 0,1% na receita líquida ao sair de R$ 945,7 no período de 2014 para R$ 946,7 milhões neste trimestre. O Ebitda (lucro antes de juros, lucros, depreciação e amortização) ajustado da companhia encerrou o trimestre com valor de R$ 354,9 milhões, com alta de 5,5% em comparação ao segundo trimestre do ano passado, que foi de R$ 336,4 milhões. A margem Ebitda (receita/Ebitda) foi de 64,2%, aumento de 1,7 ponto percentual sobre 62,5% em 2014.
Aliansce
A administradora de shoppings centers Aliansce (ALSC3) anunciou queda de 70,9% em seu lucro líquido, que encerrou o período em R$ 7,2 milhões ante os R$ 25 milhões de 2014. Na receita líquida houve aumento de 3,2% ao fechar em R$ 127 milhões nestes três meses.
O Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 92,9 milhões, alta de 2% contra os R$ 91 milhões no período do ano passado. A margem Ebitda encerrou o trimestre em 73,1% com queda de 0,8p.p..
Even
A Even (EVEN3) anunciou seu resultado operacional do trimestre e teve lucro líquido de R$ 48 milhões, na base de comparação semestral houve queda de 23% dos R$ 102,4 milhões para R$ 79 milhões nos primeiros seis meses deste ano.
A receita líquida da empresa encerrou o período em R$ 502,5 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 79,9 milhões e sua margem de 15,9%. Comparando os primeiros seis meses deste ano com os de 2014, houve queda nos dois indicadores – 10% no Ebitda que saiu de R$ 168 milhões para R$ 151 milhões, e 0,4p.p. na margem, de 16,1% para 15,6%.
Marisa
As Lojas Marisa (AMAR3) divulgaram resultado e demonstraram prejuízo líquido de R$ 20 milhões este trimestre, uma queda de 270,8% em relação ao lucro ao ano passado que foi de R$ 11,9 milhões. A receita líquida da companhia também sofreu queda, de 2,6% ao encerrar o período com R$ 613 milhões contra R$ 629,5 milhões em 2014.
O Ebitda caiu 41,1% ao fechar em R$ 73,4 milhões contra R$ 124,6 milhões, sua margem fechou em 12% e caiu 7,8p.p..
Linx
A Linx (LINX3), líder em tecnologia de gestão para o varejo, divulgou resultados e encerrou o trimestre com receita operacional líquida de R$ 108,8 milhões, aumento de 20,9% em relação aos R$ 90,0 milhões do período do ano passado.
O lucro líquido foi de R$ 15,6 milhões, ante os R$ 14,8, mostrando aumento de 5,0%. O Ebitda da empresa foi de R$ 29,6 milhões, 16,9% acima do valor obtido no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda do trimestre foi de 27,2%, 100 pontos-base menor que a margem do trimestre de 2014.
Daycoval
O Banco Daycoval (DAYC4) mostrou lucro líquido de R$ 83,3 milhões com aumento de 26,2% em relação ao segundo trimestre de 2014, que foi de R$ 66 milhões. A receita de operações de crédito da companhia foi de R$ 699 milhões, uma variação positiva de 32,5% em comparação com o período do ano passado que foi de R$ 527,6 milhões.
O ROAE (Retorno sobre patrimônio líquido médio, na sigla em inglês) Recorrente foi de 11,7% ao ano no segundo trimestre e no semestre de 13,6% a.a. O ROAE foi de 12,6% a.a. e no semestre de 14,4% a.a.
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