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SÃO PAULO – Após mais umas semana de grandes emoções na Bolsa brasileira, com o Ibovespa oscilando entre fortes altas e baixas diárias, os investidores ficam atentos nos próximos dias à reta final da temporada de resultados, além do cenário fiscal, que tem elevado as preocupações no mercado.
Neste lado político, além das questões envolvendo a reforma tributária, nos últimos dias o novo Refis gerou ruídos fiscais ao permitir o perdão de até 90% em multas e juros e 12 anos para pagar. Apesar disso, o texto pode ter algumas partes vetadas, segundo informações da agência de notícias Reuters.
Uma fonte que a agência não identificou teria dito que o governo não ficou contente com a redação aprovada ontem no Senado, que teria aberto espaço para beneficiar inclusive os contribuintes que não sofreram qualquer perda na crise e que ficam repetidamente aderindo a versões diferentes de Refis.
Fora isso, atenção ainda para o conflito entre os Poderes Executivo e Judiciário, quem tem gerado tensão principalmente sobre a eleição do ano que vem diante de declarações do presidente Jair Bolsonaro. Os investidores continuarão atentos aos desdobramentos dessa questão.
Já no radar corporativo, atenção especial para a reta final da temporada de resultados do segundo trimestre, que levará a mais de 100 balanços divulgados nesta semana.
A quarta (11) e quinta-feira (12) serão os dias mais movimentados, com 23 e 40 balanços previstos, respectivamente. Entre os destaques estão empresas como Eletrobras (ELET3; ELET6) MRV (MRVE3), Via (VVAR3), JBS (JBSS3), B3 (B3SA3), Locaweb (LWSA3) e Suzano (SUZB3), na quarta.
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Já na quinta é o dia de Sabesp (SBSP3), Azul (AZUL4), Bradespar (BRAP4), Natura&Co (NTCO3), Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Americanas (LAME4), Americanas S.A (AMER3), brMalls (BRML3), BRF (BRFS3), entre outras.
Completando a semana, nos outros dias ainda terão grandes empresas da Bolsa como Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3), Klabin (KLBN11), Raia Drogasil (RADL3), Cosan (CSAN3) e CVC (CVCB3).
Calendário de indicadores
Com a semana já agitada só pela política e cenário corporativo, os indicadores também serão muitos para os investidores ficarem atentos. Na terça (10), atenção para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada elevou a Selic para 5,25% e indicou que deve manter o ritmo de alta em 1 ponto percentual.
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Além disso, atenção especial para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, na terça. Para a equipe do Bradesco, o indicador oficial de inflação deve mostrar alta de 0,99%, refletindo a pressão da energia elétrica, combustíveis e, em menor magnitude, de alimentação no domicílio. O resultado ainda apontará aceleração dos núcleos, segundo os analistas.
No lado do atacado, será divulgado o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), na terça. O indicador deve registrar alta de 1,46% em julho, segundo o Bradesco. “Os preços agrícolas tendem a continuar pressionando o índice, sendo compensados apenas em parte pela queda de preços do minério de ferro”, avalia.
Já em relação à atividade econômica, na quinta saem os dados de vendas no varejo, enquanto no dia seguinte será divulgado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
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No exterior, após o relatório de emprego nos Estados Unidos na sexta passada mostrar números acima do esperado, esta semana sai o relatório JOLTS, que mostra os números de abertura de novas vagas de trabalho. Este é um documento bastante acompanhado pelos analistas para entender como está a dinâmica da maior economia do mundo.
Além disso, será apresentado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, com projeção dos analistas consultados pela Refinitiv apontando para uma alta de 0,5% da inflação em julho na comparação mensal, contra um avanço de 0,9% no mês anterior. Já no comparativo anual, a expectativa é que ele fique em 5,3%.
Por fim, atenção especial para a China, que ainda neste domingo divulga seus dados de inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI). A projeção é que o os preços ao produtor avancem 8,8% no comparativo anual, enquanto o CPI deve passar de 1,1% para 0,8%, também no anualizado.
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