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Nesta terça-feira (25), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) referente a fevereiro, oferecendo uma prévia da inflação oficial do Brasil. O indicador é amplamente acompanhado por analistas e investidores para avaliar as tendências inflacionárias e possíveis impactos nas políticas monetárias.
Já a temporada de balanços segue a todo vapor, com a divulgação de resultados de Marcopolo (POMO4), CBA (CBAV3), IRB (IRBR3), RD Saúde (RADL3), Vivo (VIVT3) e Rede D’Or (RDOR3) nesta terça.
Nos Estados Unidos, às 12h, será divulgado o Índice de Confiança do Consumidor, medido pelo Conference Board. O mercado aguarda esses dados para avaliar o sentimento dos consumidores norte-americanos em relação à economia. Alterações na confiança do consumidor podem refletir diretamente no desempenho econômico e nas expectativas do mercado financeiro global.
A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, e o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, farão pronunciamentos nesta terça. Observadores do banco central esperam que ambos reforcem a mensagem de que o Fed será cauteloso ao reduzir as taxas de juros.
O que vai mexer com o mercado nesta terça
Agenda
Pela manhã, às 9h, o presidente Lula se reúne no Palácio do Planalto com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e o secretário de Imprensa, Laércio Portela. Às 11h, participa da cerimônia de assinatura de parcerias para o fortalecimento da produção e inovação de vacinas e biofármacos. À tarde, às 14h40, recebe o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Em seguida, às 15h, tem reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa às 9h, do evento BTG Pactual CEO Conference 2025.
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O diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, terá uma agenda intensa pela manhã no Banco Central em São Paulo. Às 9h, participa de uma audiência com economistas do Itaú Unibanco para discutir a conjuntura econômica. Em seguida, às 10h, se reúne com economistas da BTG Pactual Corretora para tratar do mesmo tema. Por fim, às 11h, tem um encontro com economistas da BGC Liquidez DTVM. Todas as reuniões serão fechadas à imprensa.
Já o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, está em deslocamento para a Cidade do Cabo, na República da África do Sul, em viagem ao exterior. Durante sua ausência, será substituído por Gilneu Francisco Astolfi Vivan.
Brasil
5h – IPC (semanal)
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9h – IPCA-15 (fev)
EUA
12h – Confiança do consumidor
Internacional
Garantia de paz
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o francês, Emmanuel Macron, se reuniram na Casa Branca nesta segunda-feira, 24, para discutir o conflito na Ucrânia, no dia em que a invasão russa completa três anos. Trump disse acreditar que Vladimir Putin aceitaria tropas europeias na Ucrânia para garantir a paz, mas evitou responder se Washington daria garantias de segurança. Ele também afirmou que um acordo com Volodmir Zelenski pode garantir aos EUA acesso a minerais críticos da Ucrânia.
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Macron defendeu negociações para uma paz duradoura e disse que a Europa está disposta a enviar tropas. Antes da reunião, Macron alertou que os EUA e a Europa não devem demonstrar fraqueza diante de Putin. Durante a coletiva, o francês corrigiu Trump, afirmando que a guerra foi iniciada pela Rússia. A França e outros países europeus temem que Trump apresse um cessar-fogo desfavorável à Ucrânia.
Tráfico
O Canadá e o México intensificam nesta semana os esforços para combater o tráfico de fentanil e reforçar a segurança nas fronteiras com os EUA, buscando evitar tarifas de 25% que Donald Trump ameaça impor em 4 de março. As medidas garantiram aos países uma suspensão temporária das tarifas, mas a continuidade da isenção dependerá das negociações desta semana e de relatórios do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Segundo o advogado Dan Ujczo, mesmo com avanços na segurança, Trump deve manter a ameaça tarifária até que haja evidências concretas de redução nos fluxos de imigrantes e fentanil. Se implementadas, as tarifas afetariam US$ 918 bilhões em importações, atingindo setores como automóveis e energia.
Economia
Crédito extraordinário
O governo publicou nesta segunda (24) à noite a medida provisória (MP) que libera R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário para o Plano Safra deste ano. O dinheiro assegurará a continuidade do programa, suspensas por causa da não aprovação do Orçamento de 2025.
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Leilões de transportes
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda que o governo federal projeta realizar 15 leilões na área de transporte somente neste ano. De acordo com o Ministério dos Transportes, esses leilões vão representar investimentos da ordem de R$ 161 bilhões para a melhoria das estradas brasileiras.
Exportações
As exportações diárias de soja do Brasil até a terceira semana de fevereiro somaram 246,5 mil toneladas, 29% abaixo da média diária do mesmo mês em 2023, segundo a Secex. No acumulado do mês, os embarques alcançaram 3,7 milhões de toneladas, ante 6,6 milhões no ano passado. O atraso na colheita impactou o ritmo inicial, mas a intensificação dos trabalhos com clima mais seco pode acelerar os embarques. A Anec projetou 9,7 milhões de toneladas para fevereiro, com base na programação dos navios, enquanto a Secex usa documentos de exportação, o que pode gerar diferenças nos números. A Anec atualiza suas previsões semanalmente.
Desaceleração
A emissão de títulos locais no Brasil deve desacelerar em 2025 após um recorde em 2024, impulsionada por custos mais altos de captação e menor necessidade de financiamento por parte das empresas. No ano passado, as emissões somaram R$ 498,24 bilhões, quase o dobro de 2023, mas caíram 29% neste início de ano, totalizando R$ 28,6 bilhões, segundo dados da Bloomberg. A deterioração econômica e a alta dos juros dificultam novas emissões. Já no mercado externo, os emissores brasileiros captaram US$ 11,7 bilhões até agora, alta de 63% ante 2024, beneficiando empresas com forte posição de mercado. As previsões são do Itaú e Citi.
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Política
Pé-de-Meia e ampliação do Farmácia Popular
Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão na noite de segunda, o presidente Lula falou sobre os programas sociais Pé-de-Meia, voltado a estudantes do ensino médio, e Farmácia Popular, que distribui remédios de graça para a população.
A partir desta terça-feira (25), o Ministério da Educação irá pagar a parcela de R$ 1 mil do Pé-de-Meia a estudantes que concluíram um dos três anos do ensino médio regular em escola pública em 2024.
Lula também lembrou que recentemente o governo anunciou a total gratuidade do Farmácia Popular, com todos os 41 itens do programa, entre fármacos, fraldas e absorventes, sendo distribuídos de graça nas farmácias credenciadas.
Saque
O governo Lula estuda liberar o FGTS para trabalhadores demitidos que optaram pelo saque-aniversário e não puderam acessar o saldo na rescisão. A medida, ainda sem formato definido, pode beneficiar aqueles que perderam o emprego sem justa causa. O saque-aniversário permite retiradas anuais, mas impede o resgate integral em caso de demissão, com bloqueio de dois anos. O governo busca uma solução que reduza ações judiciais e facilite o acesso ao crédito consignado sem necessidade de antecipação. Cerca de 24 milhões de trabalhadores já usaram o saldo como garantia de empréstimos.
Mais prazo
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) prazo de 83 dias para apresentar defesa contra a denúncia apresentada no Inquérito do Golpe. Os advogados recorreram da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou a alteração do prazo para defesa, que é de 15 dias.
Regime 6X1
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) deve protocolar, nesta terça-feira (25), o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) contra o regime de trabalho 6×1, segundo informações da CNN.
Modernização
O governo Lula está finalizando um projeto de lei para modernizar a legislação de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), buscando mais segurança jurídica para contratos e incentivando investimentos em infraestrutura. As PPPs são modelos de colaboração entre o setor público e a iniciativa privada para a realização de projetos de interesse público, nos quais empresas privadas financiam, constroem e operam serviços ou obras em troca de remuneração pelo governo ou pela cobrança de tarifas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa partiu do Congresso e pode ser aprovada ainda no primeiro semestre. O governo vê a medida como uma oportunidade para destravar projetos em meio a restrições orçamentárias. Haddad também reforçou o compromisso com o equilíbrio fiscal sem prejudicar a população mais pobre, destacando que o cumprimento do arcabouço fiscal pode abrir espaço para mais investimentos públicos.
Desconfiança
Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central nos governos Lula (PT), afirmou que a desconfiança do mercado financeiro em relação ao presidente decorre de preocupações econômicas, e não políticas. Segundo ele, a expansão fiscal e o risco de alta da inflação intensificam o pessimismo. Meirelles elogiou Fernando Haddad, mas criticou a resistência que ele enfrenta no governo e a alta carga tributária. Ele defendeu o corte de gastos como solução para o equilíbrio fiscal. Também apoiou a atuação de Gabriel Galípolo no Banco Central, destacando a necessidade de manter o combate à inflação.
Déficit
O Governo Central deve encerrar o ano com um déficit primário de R$ 63,5 bilhões (0,5% do PIB), segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara (Conof). A projeção exclui medidas de arrecadação extraordinárias e considera R$ 44,1 bilhões em precatórios. Para 2025, a meta fiscal é neutra, com tolerância de déficit de até R$ 31 bilhões. A Conof alerta que, apesar do ajuste fiscal, a dívida pública segue em crescimento. Em janeiro, o governo registrou superávit primário de R$ 86,6 bilhões, mas gastos previdenciários e com seguro-desemprego superaram o previsto, exigindo monitoramento.
Big techs
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, criticou as big techs e o uso das redes sociais para minar a democracia. Durante aula inaugural na USP, ele condenou o papel dos algoritmos na disseminação do extremismo e a influência política das plataformas. Sem citar diretamente, reagiu às ações movidas contra ele nos EUA por Rumble e Trump Media. Moraes afirmou que as big techs não são neutras, mas grupos econômicos que buscam poder e lucro. Ele associou o direcionamento de algoritmos à tentativa de golpe de 2022 e alertou para o uso das redes na ascensão da extrema direita. Em tom leve, ironizou sua saída do X. Por fim, destacou a resiliência das instituições brasileiras diante de crises democráticas.