Investidores ainda veem com cautela recuperação dos setores de saúde e educação

Busca de rentabilidade, regulação e consolidação fazem mercado ter prudência com as empresas de ambos segmentos

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Após encontros com investidores, a visão é ainda de prudência com relação às companhias listadas nos setores de educação e saúde da bolsa brasileira. A conclusão é de Rafael Barros, head de educação e saúde da XP, que participou nesta quarta-feira (9) do programa Morning call da XP.

“Sobre a área de saúde, a gente vê um retorno do interesse gradual e lento do mercado. Mas os investidores parecem mais confortáveis com a recuperação que se enxerga no setor”, pontuou.

Empresas mais bem posicionadas

Segundo o analista, Hapvida (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3) foram os dois nomes mais discutidos nos encontros, com ambos os nomes fazendo parte da carteira dos investidores. 

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“Essas empresas vêm mostrando que estão um pouco à frente do processo da recuperação da rentabilidade do setor após um período difícil. Esses papéis são os que os investidores mais gostam, com um pouco mais de percepção de risco para Hapvida”, comentou.

Para a XP, os investidores enxergam Rede D’Or apresentando melhorias na sinistralidade por meio da Sulamerica e os hospitais com aumento de ticket e margens no médio prazo.

EAD e fusões à frente

Na educação, a visão dos investidores é também de cautela. “Investidores têm focado em poucos papéis do setor, muito por conta do lado operacional das empresas, que tem frustrado as expectativas do mercado”, afirmou Rafael Barros.

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Para ele, tem dois temas que tem gerado grande debate e precaução no setor. “Um, é a regulação do EAD (ensino a distância), que está sendo discutido pelo Ministério da Educação”, ressaltou o analista. Segundo Barros, o governo deve apresentar alguma proposta até o final do ano sobre o assunto.

“Tem muito investidor deixando passar essa incerteza do EAD”, afirmou. Outro tema de observação dos investidores é a consolidação do setor de educação com fusões.

“Investidores acham plausível. O setor perdeu valor e tamanho de forma agregada. Então, acaba fazendo algum sentido a consolidação”, disse.

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De acordo com esses investidores, não há mais espaço para um número tão grande de empresas de capital aberto, em meio a uma redução de tamanho que ocorreu nos últimos anos nos grupos de educação.

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