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SÃO PAULO – A despeito das incertezas que seguem sob os mercados, o Ibovespa registrou no pregão de 15 de outubro sua maior pontuação dos últimos dois anos: 71.830 pontos. E enquanto o mercado se pergunta se o rumo mais provável da bolsa é a renovação de seu recorde histórico de pontos, caminhar de lado ou mesmo ceder à realização, seja ela leve ou mais agressiva, para a maioria dos leitores da InfoMoney o principal índice de ações da bolsa brasileira ainda tem espaço adicional para subir até o final do ano.
Em enquete realizada pela InfoMoney, mais da metade dos leitores (53,57%) disse acreditar que o Ibovespa seguirá em alta moderada nas próximas semanas, encerrando 2010 entre 72 e 80 mil pontos. A parcela corresponde a 1.223 votos do total de 2.283 usuários que responderam à pesquisa.
A segunda opção mais votada foi a de que o Ibovespa deverá “ficar mais ou menos nos patamares atuais”: 431 leitores optaram por tal resposta, ou seja, 18,88% do total. Os mais otimistas responderam por 11,56% dos votos, apostando que o índice deve passar dos 80 mil pontos até o final do ano, enquanto que 10,03% dos votos foram concedidos à opção de que o benchmark deve trilhar certa realização, mas sem superar o suporte de 60 mil pontos.
A pesquisa mostra certo otimismo dos investidores quanto ao rumo da bolsa brasileira. Dos 2.283 usuários que responderam à enquete, apenas 136 (5,96%) compartilham da visão pessimista de que o Ibovespa deve engatar movimento negativo nas próximas semanas, encerrando 2010 abaixo dos 60 mil pontos.
Tensões externas e câmbio
O desempenho do Ibovespa em 2010 tem sido marcado pela instabilidade. Alternando meses no positivo e no negativo, o índice acumula no ano uma tímida alta de 1,37%, tomando por base o fechamento da última sexta-feira – nada que se compare à valorização de mais de 82% conquistada no ano passado.
Para analistas, a performance mais modesta deve-se, sobretudo, ao frágil cenário econômico global. No segundo trimestre, por exemplo, o benchmark amargou queda de 13,4%, penalizado pelas tensões acerca da situação fiscal europeia. Já em julho, a alta do índice foi de 10,8%, até o momento o melhor desempenho mensal em 2010.
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Além do panorama geral, os analistas da Interbolsa alertam para os impactos das recentes medidas promovidas pelo governo brasileiro, a fim de conter a tendência de valorização do real. “Há grande receio de que o próximo alvo seja a taxação sobre a compra direta de ações pelos estrangeiros”, dizem.
Resistências e suportes
No ponto de vista da análise gráfica, a equipe da Itaú Corretora acredita que o Ibovespa permaneça em tendência de alta no curto e médio prazo. Para os analistas, um bom sinal seria dado com a superação dos 72.150 pontos, que poderia levar o índice a buscar seguintes resistências nos 74.000, 77.250 e até mesmo nos 82.000 pontos.
Por outro lado, vale a pena manter-se de olho em importantes suportes, como os localizados nos 68.950, testado no último pregão, e nos 67.970 pontos. “No caso de uma queda mais agressiva, o Ibovespa pode descer até os 67.100 pontos”, alerta a equipe.
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Confira os resultados da enquete:
Depois da máxima em dois anos, o que você acha do Ibovespa até o final do ano? |
Votos | % |
---|---|---|
Irá seguir subindo rápido, passando dos 80 mil pontos | 264 | 11,56% |
Seguirá em alta moderada, entre 72 e 80 mil pontos | 1.223 | 53,57% |
Ficará mais ou menos nos patamares atuais | 431 | 18,88% |
Vai realizar, mas ainda acima dos 60 mil pontos |
229 | 10,03% |
Não se sustenta e cai abaixo dos 60 mil pontos | 136 | 5,96% |