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A Comissão da Câmara dos Estados Unidos que investiga o ataque ao Capitólio, a sede do Congresso americano, concluiu que o então presidente Donald Trump e seus assessores “conspiraram para fraudar os EUA” e “infringiram múltiplas leis para impedir o Congresso de certificar sua derrota” na eleição de 2020.
Os resultados da investigação foram revelados pelo site “Politico” nesta quinta-feira (3). Segundo o site, os documentos serão enviados para uma corte federal ainda hoje.
O documento também acusa os aliados de Trump e o próprio presidente de “colocar obstáculos de maneira ilegal na contagem de votos presidenciais no Congresso”.
O então presidente foi informado por diversos aliados que havia perdido a eleição contra o atual presidente dos EUA, Joe Biden, mas continuou a dizer que havia fraudes “apenas para rejeitar [a derrota] e continuar a confundir os norte-americanos”, segundo a comissão.
Entre os pontos destacados pelo “Politico”, Trump e seu advogado, John Eastman, faziam parte de uma “conspiração criminosa” para rejeitar os resultados das urnas. Mas os deputados não conseguiram ter acesso às comunicações de Eastman por conta do segredo profissional (e tentam na Justiça ter acesso ao material).
Crimes imputados
O site aponta que, entre os crimes que serão citados formalmente, estão:
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- Obstrução de um procedimento oficial (a sessão do Congresso para ratificar o resultado das urnas);
- Tentativa de fraude contra os Estados Unidos por interferir na certificação de resultado eleitoral;
- Divulgação de informações falsas sobre os resultados eleitorais;
- Violação da lei de fraude no distrito de Colúmbia (onde fica a capital americana, Washington DC).
A invasão ao Capitólio
O ataque ao Capitólio ocorreu em 6 de janeiro de 2021, após Trump fazer um discurso inflamado em Washington, voltar a dizer sem provas que houve fraude na eleição e pedir que seus apoiadores fossem até a sede do Congresso americano para pressionar os senadores a não certificarem a vitória de Biden.
Seus apoiadores invadiram o prédio, agrediram policiais e chegaram a interromper a sessão por algumas horas. Cinco pessoas morreram na invasão, inclusive um policial, e centenas estão sendo julgadas e condenadas pela invasão.
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