Intervir ou não interferir? Estados europeus dividem-se acerca de resgate bancário

França, Holanda e Irlanda propõem socorro, enquanto Alemanha e Luxemburgo lideram oposição

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SÃO PAULO – Em um cenário repleto de incertezas, os esforços de salvação do setor financeiro devem se restringir ao Estado norte-americano. Pelo menos é o que indica as posturas discrepantes dos principais líderes da União Européia frente a atual crise de crédito.

Do lado do time pró-resgate, encontra-se França, Holanda e Irlanda, enquanto que, na outra extremidade, Alemanha e Luxemburgo lideram a oposição.

Líderes divergem

“O plano de socorro é necessário para proteção da economia dos menores Estados europeus, ameaçada pela tendência de bancarrotas bancárias”, afirmou Christine Lagarde, ministra francesa das Finanças, explicitando sua posição frente ao possível resgate estatal.

“A idéia de aplicar uma solução (…) não é praticável e poderá criar problemas novos e enormes”, rebateu Torsten Albig, porta-voz do Ministério das Finanças da Alemanha.

Solução poderá estar próxima

O embate ideológico ocorrerá no próximo sábado (4), data na qual o anfitrião e presidente Nicolas Sarkozy, junto com o primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker, receberá na França os líderes da Grã-Bretanha, Itália e Alemanha, além do presidente do BCE (Banco Central Europeu) Jean-Claude Trichet.