Infracommerce (IFCM3) amplia prejuízo líquido em 34,1% no primeiro trimestre

Companhia prioriza gestão de custos e reportou redução de 31,3% nos investimentos entre janeiro e março

Rikardy Tooge

Operação da Infracommerce (Divulgação)
Operação da Infracommerce (Divulgação)

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A Infracommerce (IFCM3), empresa dedicada a serviços voltados ao e-commerce, reportou aumentou de 34,1% no prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 59,2 milhões para R$ 79,5 milhões. A margem líquida piorou 6,7 pontos percentuais, para 37,3%. Em termos ajustados, o prejuízo subiu 92,4% na mesma base de comparação, para R$ 61,4 milhões.

Por outro lado, a receita líquida da companhia avançou 10,1%, chegando a R$ 214,2 milhões, e lucro bruto de R$ 90,8 milhões (+11,2%). A margem bruta avançou 0,4 ponto, para 42,4%. O CFO da Infracommere, Fábio Bortolotti, afirma que a receita obtida no trimestre foi na contramão do mercado, que apresentou recuou no mesmo comparativo.

“Tivemos mais um trimestre muito bom, onde conseguimos expandir nossa rentabilidade”, apontou o executivo. O volume bruto de mercadorias (GMV, em inglês) da Infracommerce avançou 18,2% entre janeiro e março, alcançando R$ 3,35 bilhões, com volume total de pagamentos (TPV, em inglês) de R$ 1,16 bilhão, alta anual de 55,1%. A base de clientes subiu 17% no mesmo comparativo.

Já lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ajustado cresceu 56,8%, para R$ 26 milhões, com margem Ebitda e 12,2%, alta de 3,6 pontos percentuais.

Para demonstrar que está de olho nas despesas, a Infracommerce reportou redução de 31,3% nos investimentos (capex), em um total de R$ 32,2 milhões no período. A longo prazo, o objetivo da empresa é buscar outras economias operacionais.

“Estamos consolidando nossa terceira fase de expansão, que passou pelo IPO [oferta pública inicial, em inglês, feita em maio de 2021] e que agora gira em torno de maior geração de caixa e fluxo de caixa livre para o pagamento de dívidas”, explica Bortolotti.

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Neste sentido, a dívida líquida da empresa avançou 185,6% neste trimestre em relação ao 1T22 e 85,3% no comparativo com o quarto trimestre do ano passado, ficando em R$ 406,1 milhões. Para balancear a estrutura de capital, a Infracommerce captou R$ 255 milhões em dívidas para quitar compromissos de curto prazo e ter uma reserva maior em caixa.

“Nós seguimos em busca de equilíbrio das despesas e estamos chegando em uma estrutura de dívida ideal. Nossa expectativa agora é fazer mais ajustes de custos e priorizar o crescimento orgânico”, conclui o CFO.

Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br