Inflação nos EUA, emprego no Brasil, Campos Neto e Lula com Magda são destaque hoje

Confira os assuntos econômicos, corporativos e políticos que devem mexer com os mercados nesta sexta-feira (27)

Equipe InfoMoney

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Os investidores terão uma agenda cheia nesta sexta-feira, com a divulgação às 9h30 dos dados de inflação ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) de agosto, que irão contribuir para a decisão do Federal Reserve na próxima reunião de juros, em novembro,

O consenso do mercado é o PCE tenha registrado um aumento de 2,3% na comparação anual e de 0,1% em relação ao mês anterior. Uma inflação abaixo do consenso pode reforçar uma visão entre analistas de que o Fed poderá ser mais agressivo em sua próxima reunião.

No front interno, os destaque ficam por conta dos números de emprego. Os números do Caged, que estavam previsto para ontem, agora devem ser divulgados às 10h, desta sexta. Pouco antes, às 9h, o IBGE informa a PNAD Contínua pelo IBGE. Hoje também será destaque o resultado primário do Governo Central.

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Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, faz palestra hoje, às 9h20, um dia após a divulgação do relatório de inflação, que trouxe uma revisão das projeções de crescimento econômico em 2024, de 2,3% para 3,2%.

“A mensagem deste relatório é muito clara: o Brasil está aquecendo, e isso preocupa”, resumiu o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala “A questão é como pilotar este processo para que ele continue, para que ele seja sustentável… para que a inflação não acelere demais”, acrescentou.

Em entrevista coletiva para comentar o documento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto ressaltou que não houve debate na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre uma eventual alta mais forte na Selic, de 0,50 ponto percentual.

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Destaque ainda para o encontro previsto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, programado para as 9h.

O que vai mexer com o mercado nesta quinta

Agenda

O presidente do Banco Central estará em palestra no 1618 Spring Investment Meeting, promovido pela 1618 Investimentos, em São Paulo (aberto à imprensa por meio de transmissão). Já o diretor de política econômica, Diogo Guillen, falará em painel no evento da JHSF Capital Day – Institucional, em São Paulo (aberto à imprensa por meio de transmissão).

O ministro Fernando Haddad participa de reunião com Fernando Queiroz, CEO Minerva Foods.

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O presidente Lula fará reunião na parte da manhã com Magda Chambriard, presidente da Petrobras (PETR4). Na sequência, o mandatário participa da posse da ministra de Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, e tem reunião com Nisia Trindade, ministra da Saúde.

Brasil

8h: FGV: IGP-M
8h: FGV: Sondagem do comércio
8h: FGV: Sondagem de serviços
9h: IBGE: IPCA-15
8h30: Nota à imprensa – Política monetária e operações de crédito
9h: IBGE: PNAD Contínua
10h: Caged: Geração de emprego formal
– Tesouro: Resultado primário do Governo Central

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EUA

9h30: Gastos pessoais
9h30: Rendimento pessoal
9h30: BEA: Deflator do PCE
11h: Índice de confiança da Universidade de Michigan

Mercados Internacionais

Com a incerteza sobre o ritmo do afrouxamento monetário, os índices futuros dos EUA operam em leve baixa nesta sexta-feira (27), à espera do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed).

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Já os mercados chineses registraram sua melhor semana em quase 16 anos, com o CSI 300, da China continental, subindo 15,7%, impulsionado por diversas medidas de estímulo econômico do banco central chinês.


Retorno do X?

A plataforma de rede social X formalizou nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que possa retomar as atividades no Brasil, após informar que cumpriu com todas as exigências que a levaram a ter seu funcionamento suspenso pela corte, conforme documento dos advogados da empresa ao qual a Reuters teve acesso.

A companhia, do bilionário Elon Musk, teve seu funcionamento suspenso no país no final de agosto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por não ter cumprido com as ordens judiciais de retirada de determinados conteúdos e contas e por não ter nomeado um representante legal no país. A decisão de Moraes foi posteriormente confirmada pela Primeira Turma da corte.

Economia

Quarta maior dívida entre emergentes

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a dívida do Brasil em 2024 será a quarta maior entre 36 países emergentes. O endividamento deve continuar aumentando até 2032, quando encostaria em 90% do PIB, conforme reportagem do jornal O Globo.

Petróleo

 Os preços do petróleo caíram mais de 3% nesta quinta-feira, devido a uma reportagem do Financial Times que indicou que a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, desistirá de sua meta de preço de 100 dólares o barril em preparação para aumentar a produção, juntamente com os membros e aliados da Opep em dezembro.

Dólar

O dólar à vista fechou a quinta-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, após Pequim prometer gastar ainda mais para impulsionar a economia da China, a maior compradora de commodities do mundo.

Contabilidade fiscal

 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta quinta-feira que a contabilidade das contas públicas respeite critérios internacionais e não seja alterada, em meio a uma tentativa do governo de incorporar receitas para impulsionar o resultado primário, contrariando o entendimento da autoridade monetária.

Em entrevista coletiva para comentar o Relatório Trimestral de Inflação, Campos Neto disse que o resultado primário do governo precisa ser oriundo de um esforço fiscal no ano corrente, acrescentando que o BC usa critérios do Fundo Monetário Internacional (FMI) para calcular os dados.

“A gente tem uma interação com o governo para dizer ‘olha, é importante a gente manter essa contabilidade dessa forma’, fica muito transparente, fica comparável entre os países”, disse.

Projeção do PIB elevada

O Banco Central (BC) elevou de 2,3% para 3,2% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A informação é do relatório de inflação trimestral do BC divulgado nesta quinta-feira, 26.

O consumo das famílias e dos investimentos produtivos foram os principais responsáveis pela mudança no principal indicador da economia. O BC destaca que as altas no consumo das famílias, nos investimentos e nos setores mais cíclicos da economia já vinham sendo registrados nos trimestres anteriores deste ano.

Política

Presidência da Câmara

A candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara tem o apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e a simpatia do Planalto, e já agregou ao menos oito partidos em torno de seu nome, incluindo PT e PL.

Nunes à frente com 27%

A apenas dez dias do primeiro turno das eleições municipais, marcado para 6 de outubro, a pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26) mostra que a corrida pela prefeitura de São Paulo (SP) parece mesmo afunilar para uma disputa entre três candidatos.

De acordo com o levantamento, que retrata um cenário de estabilidade, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, aparece com 27% das intenções de voto, mesmo percentual da pesquisa divulgada na semana passada.

Nunes está tecnicamente empatado com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que marca 25% da preferência do eleitorado (oscilou 1 pontos percentual para baixo).

Alckmin reforça com compromisso com arcabouço

Quanto menor for a taxa de juro, melhor será para todas as áreas da economia. A afirmação é do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), ao ser perguntado se a elevada taxa de juro impacta negativamente o setor de infraestrutura e a participação de interessados nos leilões de privatização e concessões que o país pretende fazer.

“Quanto à taxa de juros, quanto menor ela for, melhor para todo mundo”, reforçou Alckmin, que esteve na sede da B3, nesta quinta-feira (26), para acompanhar o leilão da Rota dos Cristais.

Ainda sobre a taxa de juros, Alckmin disse que o governo está fazendo a parte dele para criar condições para que a Selic possa cair a patamares menores e repetiu o que disse na Fiesp na última segunda-feira (23). “O governo está comprometido com o arcabouço fiscal e isso nos levará a taxa de juros menores”, garantiu o vice-presidente.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)