Inflação ao consumidor nos EUA sobe 0,6% em janeiro, acima do esperado; avanço anual é de 7,5%, o maior desde 1982

O consenso de mercado apontava para alta de 0,4% para o índice cheio na base mensal e de 0,5% para o núcleo (que exclui alimentos e energia).

Equipe InfoMoney

Bandeira dos Estados Unidos
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O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% em janeiro em relação a dezembro, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (10). O núcleo da inflação (que exclui alimentos e energia) também teve alta de 0,6% no período.

O consenso de mercado apontava para alta de 0,4% para o índice cheio na base mensal e de 0,5% para o núcleo.

Na comparação anual, a inflação subiu 7,5%, ainda acima do esperado, que era de alta de 7,3%. Esse é o maior avanço anual desde fevereiro de 1982.

O núcleo da inflação também subiu em seu nível mais rápido desde 1982, mas em relação a agosto. Na base anual, a alta foi de 6,0%, ante avanço de 5,5% em dezembro e projeção de alta de 5,9%.

A apreensão do mercado era de que um número acima do esperado pressionaria o Federal Reserve (banco central americano) a remover o estímulo monetário mais rápido do que o sinalizado anteriormente.

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Os mercados já estão olhando para cerca de 5 aumentos nas taxas de juros este ano. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disseram que todas as opções estão na mesa para o tamanho do primeiro aumento da taxa de juros em março, mas eles não veem um aumento de 50 pontos-base como o cenário base.

Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre, destacou que, ao contrário do que era esperado, a inflação não desacelerou e tende a impactar fortemente na decisão do Fed no mês que vem sobre quanto deve aumentar a taxa de juros americana.

“Até ontem, a precificação dos fundos estava considerando uma probabilidade de aumento de 50 bps (0.5%) em 37.5%, agora, com números acima do esperado, essa probabilidade deve aumentar”, aponta, destacado que o que mais chamou a atenção foi o aumento do índice do preço de alimentos, que saltou de 0,4% em dezembro para 1% em Janeiro.

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Veloso complementa: “No geral, tendemos a ver um mercado americano volátil e de baixo crescimento nos dois próximos meses, até que a inflação de estabilize e o mercado precifique um aumento na taxa de juros menos otimista”.

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