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Os índices futuros dos Estados Unidos operam em queda nesta quinta-feira (29), último dia do mês, enquanto investidores aguardam pela divulgação do deflator do consumo de janeiro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed). O indicador ganhou ainda mais relevância depois que tanto o CPI quanto o PPI, que medem preços ao consumidor e ao produtor, vieram acima da expectativas e o BC americano passou a sinalizar que não tem pressa de começar a reduzir juros.
No Brasil, destaque para a publicação da taxa de desemprego de janeiro, com consenso LSEG prevendo o indicador em 7,8%.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
A sessão desta quinta-feira marca fim das negociações de fevereiro e outro mês positivo para os três principais índices de Nova York, apesar de uma série de quedas que levantam questões sobre a sustentabilidade da recuperação impulsionada pela inteligência artificial. O Nasdaq lidera o grupo com alta de 5,2%. O S&P 500 saltou 4,6%, enquanto o Dow subiu 2,1%.
Outros indicadores importantes serão divulgados, incluindo dados sobre o rendimento pessoal de Janeiro, dados do índice de gestores de compras de Chicago para fevereiro e o índice de vendas pendentes de casas para janeiro. O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, também deverá moderar uma discussão à noite.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Dow Jones Futuro: -0,36%
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S&P 500 Futuro: -0,32%
Nasdaq Futuro: -0,33%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com algumas demonstrando cautela antes de novos dados de inflação dos EUA e as chinesas avançando após mais iniciativas de Pequim para sustentar os mercados locais. O índice japonês Nikkei ficou levemente no vermelho em Tóquio pelo segundo dia consecutivo, com baixa de 0,11%, a 39.166,19 pontos, depois de atingir picos históricos nos três pregões anteriores, enquanto o Hang Seng caiu 0,15% em Hong Kong, a 16.511,44 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,37% em Seul, 2.642,36 pontos.
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Shanghai SE (China), +1,94%
Nikkei (Japão): -0,11%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,15%
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Kospi (Coreia do Sul): -0,37%
ASX 200 (Austrália): +0,50%
Europa
Os mercados europeus operam no campo positivo, com investidores de olho em relatórios de inflação nos EUA e na Europa. Os dados da inflação alemã, espanhola e francesa relativos a fevereiro deverão ser divulgados hoje.
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FTSE 100 (Reino Unido): +0,29%
DAX (Alemanha): +0,43%
CAC 40 (França): +0,21%
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FTSE MIB (Itália): +0,40%
STOXX 600: +0,30%
Commodities
Os preços do petróleo operam em baixa, após um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA ter alimentado preocupações sobre a demanda lenta, enquanto os sinais de que as taxas de juros dos EUA poderiam permanecer elevadas por mais tempo também aumentaram a pressão.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em leve baixa, com os investidores reavaliando as perspectivas de demanda no curto prazo na China, principal consumidor, em meio a expectativas de que as siderúrgicas aumentem a produção, apesar das preocupações persistentes com o setor imobiliário.
Petróleo WTI, -0,34%, a US$ 78,27 o barril
Petróleo Brent, -0,35%, a US$ 83,29 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 0,17%, a 892,00 iuanes, o equivalente a US$ 123,98
Bitcoin
- Bitcoin, +4,07% a US$ 62.725,88 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda de hoje tem como destaque inflação PCE nos Estados Unidos e taxa de desemprego no Brasil. Além disso, o ministro da Fazenda e presidente do BC seguem participando de painéis do G20.
Brasil
9h: PNAD contínua; consenso LSEG prevê taxa em 7,80%
14h30: Fluxo cambial semanal
EUA
10h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso LSEG prevê 210 mil solicitações
10h30: Índice de preço PCE; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,3% e de 2,4% na base anual
11h45: PMI Fed de Chicago
12h: Vendas de casas pendentes
3. Noticiário econômico
Taxar super-ricos já tem apoio de alguns países europeus, diz Durigan
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a proposta de taxação dos super-ricos, apresentada na última quarta-feira (28) pelo Brasil ao G20, ainda deverá ser estudada, mas já conta com apoio de alguns países europeus.
PL da reoneração da folha enviado pelo governo entra no sistema da Câmara
O projeto de lei da reoneração da folha de pagamento enviado pelo governo entrou na quarta-feira, 28, no sistema da Câmara dos Deputados. A proposta substituirá a medida provisória que foi editada em dezembro do ano passado e causou descontentamento no Congresso por reverter a decisão das duas Casas legislativas de desonerar 17 setores produtivos. O governo também publicou ontem MP para revogar o trecho do impasse, ou seja, tornar sem efeitos todos os dispositivos que previam a reoneração dos 17 setores atendidos pelo benefício.
4. Noticiário político
STF derruba restrição e sobras eleitorais devem ser repartidas entre todos os partidos
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na última quarta-feira (28) derrubar as atuais regras para distribuição das chamadas “sobras eleitorais” para cálculo das vagas na Câmara dos Deputados. As sobras devem ser repartidas entre todos os partidos que participaram das eleições, independentemente do quociente eleitoral alcançado.
Apesar de considerar que parte dos critérios para preenchimento das sobras é inconstitucional, a maioria dos ministros votou por aplicar a decisão a partir das próximas eleições.
5. Radar Corporativo
Suzano (SUZB3)
A Suzano (SUZB3) registrou baixa de 39% no lucro líquido no quarto trimestre de 2023 (4T23) em relação a igual período de 2022, saindo de R$ 7,459 bilhões para R$ 4,52 bilhões. Contudo, o resultado veio acima dos R$ 2,85 bilhões previstos pelo consenso LSEG. Além disso, a companhia reverteu o prejuízo de R$ 729 milhões do trimestre imediatamente anterior (3T23).
O Conselho de Administração da Suzano (SUZB3) elegeu João Alberto Fernandez de Abreu, diretor presidente da Rumo (RAIL3) como futuro CEO da companhia. O atual CEO da Suzano, Walter Schalka, permanecerá no cargo até 1 de julho de 2024; ele está no comando da companhia de celulose há 11 anos.
Ultrapar (UGPA3)
A Ultrapar registrou lucro líquido de R$ 1,11 bilhão no quarto trimestre de 2023, alta de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior, impactado pelo maior lucro operacional nos três principais negócios e da menor despesa financeira líquida, apesar do menor efeito de créditos fiscais extraordinários e de maiores custos e despesas com depreciação e amortização.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)