Índice de ADRs brasileiros segue mau humor das Bolsas de NY e fecha em queda

Petrobras até subiu um pouco, mas não foi o suficiente para ofuscar as perdas de Vale, Itaú e Bradesco na sessão. B3 esteve fechada hoje por feriado em SP

Anderson Figo

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SÃO PAULO – O principal índice de ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York) do Brasil fechou em queda nesta quarta-feira (20) na Bolsa de Valores Nova York (NYSE), acompanhando o mau humor visto nos índices americanos.

Sem pregão na B3 por causa do feriado do Dia da Consciência Negra em São Paulo, os investidores ficaram de olho na queda de braço entre Estados Unidos e China em torno de uma possível assinatura de um acordo comercial entre as duas grandes potências.

O Dow Jones Brazil Titans 20 ADR fechou com queda de 0,23%, para 22.314 pontos. Já o ETF EWZ iShares MSCI Brazil Capped perdeu 0,10%, a US$ 41,96.

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É importante acompanhar o desempenho dos ADRs nos mercados internacionais, pois qualquer movimento desta quarta deve ser refletido na abertura do pregão de quinta-feira (20) para que não haja descompasso entre os preços das ações negociadas no Brasil e nos EUA.

Entre as blue chips brasileiras, o ADR da Petrobras (PETR4, PETR3) ajudou a reduzir a perda do Dow Jones Brazil Titans 20. O papel fechou o dia com alta de 0,13%, para US$ 14,87.

No sentido oposto, os ADRs da Vale (VALE3) e do Itaú (ITUB4) recuaram 1,75% e 0,24%, respectivamente, para US$ 11,26 e US$ 8,28. O ADR do Bradesco (BBDC4) cedeu 0,64%, a US$ 7,77.

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Os índices americanos Dow Jones e S&P 500 encerraram o dia com baixas de 0,40% e 0,38%. Já o Nasdaq caiu 0,51%.

Guerra comercial

As conversas sobre um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China estão perto de um impasse — ameaçando os planos do governo de Donald Trump de chegar ao desfecho de uma “fase 1” do acordo ainda neste ano.

Os dois lados se mantém divididos sobre pontos-chave: Pequim insiste para que os EUA removam taxas sobre produtos chineses, enquanto os EUA insistem que a China compre produtos agropecuários americanos.

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Ontem, o presidente americano disse que a China tem que aceitar fazer um acordo que seja vantajoso para os EUA ou ele irá elevar ainda mais as tarifas de produtos chineses exportados para a economia dos EUA, como smartphones e brinquedos.

Fora das discussões sobre a guerra comercial, a ata da última reunião de política monetária do banco central dos EUA, o Federal Reserve, foi divulgada pela tarde.

O documento mostrou que há uma preocupação um pouco menor em relação ao desempenho da economia do que nos últimos meses. Mesmo assim, a ata sugeriu que o Fed vai continuar monitorando de perto os indicadores econômicos para tomar decisões sobre juros.

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A decisão sobre juros nos EUA impacta diretamente países emergentes, como o Brasil, já que influencia na decisão de investidores estrangeiros de deixar seus recursos em economias mais arriscadas ou trazê-los de volta à segurança dos títulos públicos americanos, que são remunerados pela taxa.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.