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O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,50% em junho, o que representou uma desaceleração ante a inflação de 0,87% observada em maio, informou nesta segunda-feira (8) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador sofreu menor pressão no mês dos alimentos, tanto os processados como in natura.
Com o dado de junho, o índice acumula alta de 1,11% no ano e de 2,88% em 12 meses. Em junho de 2023, o índice tinha caído 1,45% e acumulava queda de 7,44% em 12 meses.
André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre disse em nota que o índice ao produtor do IGP-DI antecipa o arrefecimento das pressões sazonais sobre os alimentos in natura, ao mesmo tempo em que mostra a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados.
“Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor, conforme medido pelo IPC, que também registrou desaceleração na taxa de variação do grupo alimentação”, destacou.
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,55% em junho., ante 0,97% em maio. A taxa do grupo Bens Finais desacelerou de 0,73% em maio para 0,41% em junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 1,92% para 1,14%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,88% em maio para 0,45% em junho. O principal responsável pelo recuo da taxa do grupo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,74% para 0,30%.
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Já o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 0,80% em junho, porém com menor intensidade que a alta de 1,33% em maio.
Contribuíram para este movimento os itens: minério de ferro (4,75% para -2,66%), soja (5,01% para 2,69%) e bovinos (-0,65% para -2,15%).
Em sentido oposto, tiveram aceleração os itens: café em grão (-0,21% para 11,73%), cacau (-18,95% para 20,10%) e cana-de-açúcar (-1,97% para -0,07%).
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IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,22% em junho, após ter registrado uma variação de 0,53% em maio.
Segundo a FGV, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de 0,87% para -0,75%), Habitação (0,41% para 0,13%), Transportes (0,49% para 0,19%), Alimentação (0,72% para 0,50%), Comunicação (0,46% para -0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,67% para 0,57%).
As principais contribuições para esse movimento vieram dos itens: passagem aérea (5,52% para -4,81%), aluguel residencial (1,24% para 0,17%), transporte por aplicativo (8,60% para -7,03%), hortaliças e legumes (5,54% para 1,57%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,96% para -0,29%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 1,44%).
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Em contrapartida, os grupos Vestuário (-0,54% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,44%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens: roupas (-0,73% para 0,33%) e serviços bancários (0,00% para 0,86%).
INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,71% em junho, ante 0,86% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (0,37% para 0,38%), Serviços (0,54% para 0,20%) e Mão de Obra (1,55% para 1,23%).
Núcleo e difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,34% em junho, 0,03 ponto percentual acima do resultado apurado no mês anterior, de 0,31%.
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Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 28 apresentaram taxas abaixo de 0,06%, linha de corte inferior, e 10 registraram variações acima de 0,63%, linha de corte superior.
O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 54,19%, 7,10 pontos percentuais abaixo do registrado em maio, quando o índice foi de 61,29%.