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SÃO PAULO – Enfrentando a recente tendência de queda das commodities, parte explicada pelo declínio na produção industrial da China, o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) revisou para cima suas estimativas de investimento para o setor de mineração até 2012, de US$ 42 bilhões para US$ 56 bilhões.
Tal otimismo justifica-se pela projeção de que esta demanda declinante chinesa apresente reversão, além da expectativa de que os outros países emergentes necessitarão dos minérios para alimentar seus respectivos crescimentos econômicos.
Minério de ferro propulsa
De acordo com o relatório da instituição, os dispêndios em minério de ferro protagonizam a lista dos investimentos para os próximos anos, sendo responsáveis por aproximadamente 66,6% do total que será despendido.
Confira a lista de investimentos previstos até 2012
Investimentos (US$ milhões) | |||||
Minério | Montante | ||||
Ferro | 37.341 | ||||
Níquel | 5.534 | ||||
Alumina | 2.600 | ||||
Fosfato | 2.242 | ||||
Bauxita | 2.026 | ||||
Cobre | 2.013 | ||||
Alumínio | 1.795 | ||||
Ouro | 1.547 | ||||
Agregados | 1.000 | ||||
Zinco | 424 | ||||
Nióbio | 250 | ||||
Caulim | 150 |
Otimismo multiplica-se
A evolução das estimativas previstas chama atenção: em janeiro no ano passado, o Ibram projetava que seriam investidos US$ 25 bilhões até 2012, o que corresponde a aproximadamente 44,6% do montante projetado atualmente.
Investimentos da Vale (VALE3, VALE5) para duplicação da mina de ferro de Carajás, cujos recursos totalizam US$ 10 bilhões, e companhias internacionais que estariam dispostas a pagar até US$ 10 bilhões para adquirir a Namisa – subsidiária da CSN (CSNA3) – fundamentam as revisões para cima realizadas pelo instituto.
Analistas concordam
Neste panorama, a corretora Socopa acredita que a demanda por aço e por minério no mercado internacional continuará aquecida. Como reflexo, a instituição recomenda compra para as ações da Vale (VALE5) e da Gerdau (GGBR4), com preços teóricos respectivos de R$ 65,40 e R$ 46,75.