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O Ibovespa e o MSCI Brasil vêm se distanciando em termos de composição há algum tempo. Com a inclusão de Nubank (ROXO34), PagSeguro (PAGS34), Inter (INBR32), Stone (STOC31) e XP (XPBR31) no MSCI e a exclusão das Lojas Renner (LREN3), a composição ficou ainda mais diferente, levando o JPMorgan a considerar que as avaliações do Ibovespa, especialmente para alguns setores, estão sub ou sobre-representados no MSCI.
Por exemplo, há três empresas imobiliárias dentro do Ibovespa, enquanto não há nenhuma no MSCI Brasil, índice seguido por diversos fundos passivos. Portanto, o índice não traz avaliação para o setor imobiliário. Além disso, o único componente do consumidor discricionário no MSCI agora é a Vibra (VBBR3), enquanto no Ibovespa varejistas como Lojas Renner, Azzas 2154 (AZZA3), Magazine Luiza (MGLU3), Vivara (VIVA3) e Alpargatas (ALPA4) são representadas.
Apenas dois setores aumentaram sua participação no índice MSCI: o financeiro de 27,5% para 38%, principalmente devido à Nubank, que atualmente tem um peso de 11% no MSCI Brasil, e o Industrial com um modesto aumento de 0,8%, agora o 4º maior setor, juntamente com os serviços públicos.
Dentro das commodities, as matérias-primas caíram 5,6% e energia petróleo tiveram baixa em 2,7%. No entanto, combinadas, elas representam o segundo maior “setor” do índice. A participação do consumidor discricionário caiu 2%, a dos serviços públicos em 0,5%, enquanto saúde, telecomunicações e tecnologia permaneceram praticamente estáveis.
Diante desse cenário, o JPMorgan introduziu um múltiplo para o Ibovespa, enquanto o múltiplo para o MSCI Brasil é fornecido pelo próprio MSCI. Segundo cálculos, o Ibovespa está atualmente negociando a 7,5 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) para 12 meses, comparado ao MSCI Brasil que é 8,0 vezes, considerados similares.
O JPMorgan ainda comenta que encontrou múltiplos semelhantes para os setores de energia, materiais, saúde e tecnologia. Setores que são considerados caros são: serviços públicos, discricionário e telecomunicações, enquanto financeiros, industriais e bens de consumo de primeira necessidade são considerados baratos em comparação ao MSCI.
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Para os estrategistas do banco, no geral, após o rebalanceamento e o cálculo deste múltiplo do Ibovespa, as conclusões são que o Brasil continua atraente de uma perspectiva de avaliação, negociando a um dígito e abaixo da média histórica. Em termos de setores, commodities, produtos básicos e saúde continuam baratos, enquanto apenas tecnologia é negociada acima da média.