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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (16) e agora falta pouco para a máxima histórica, atingida no dia 10 de julho. Quem mexeu nos mercados hoje foi a percepção de que finalmente os obstáculos foram retirados do caminho da reforma da Previdência. Já o câmbio foi impactado pela perspectiva de que o Federal Reserve terá que cortar juros nos Estados Unidos após os dados fracos de varejo em setembro.
Hoje, o principal índice da B3 registrou alta de 0,89% a 105.422 pontos com o volume financeiro negociado, de R$ 31,532 bilhões, turbinado pelo vencimento do Ibovespa Futuro para outubro. A máxima histórica do Ibovespa é de 105.817 pontos.
Após a aprovação unânime da cessão onerosa na véspera, o caminho está livre para a votação da reforma da Previdência no dia 22. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), garantiu nesta quarta que há entendimento para a votação da Previdência na data prevista.
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O plenário da Casa realiza nesta quarta a última sessão de debates antes da votação final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda o regime de aposentadorias no País.
Já o dólar comercial teve queda de 0,27% a R$ 4,1535 na compra e a R$ 4,1542 na venda, fazendo com que o real tivesse o melhor desempenho entre as 16 principais moedas do mundo. O dólar futuro para novembro registra perdas de 0,48% a R$ 4,1655.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai 12 pontos-base a 4,50% e o DI para janeiro de 2023 tem queda de 15 pontos-base a 5,49%.
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Puxando o movimento positivo da tarde estiveram os papéis de Petrobras (+1,2%) e bancos. Itaú subiu 1,43%, Bradesco teve alta de 2,39% e Banco do Brasil avançou 1,4%. Essas blue chips ofuscaram a queda da Vale, que recuou 2,32% em meio à baixa do minério.
A Petrobras seguiu o desempenho do petróleo no mercado internacional, que sobe mais de 1% em meio a expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) irá estender os cortes na oferta.
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Nem tudo é tão positivo
Não obstante a euforia, o radar macro de hoje foi marcado por notícias conflitantes como a fala do presidente americano, Donald Trump, de que a China já começou a comprar produtos agrícolas de fazendeiros dos EUA, ao mesmo tempo em que há ameça dos chineses de retaliar caso o Congresso americano aprove lei que favorece os manifestantes de Hong Kong.
Já no ambiente doméstico, aumentam os riscos políticos de longo prazo por conta da piora no racha entre o presidente Jair Bolsonaro e o PSL, que torna insustentável a permanência do chefe do Executivo na sigla.
O tensionamento das relações de Bolsonaro com o PSL já começa a ter consequências práticas no Congresso. Ontem, o delegado Waldir (GO), que é o líder do PSL na Câmara, chegou a convocar uma obstrução contra a Medida Provisória da reforma administrativa, mas acabou derrotado.
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Lá fora, as vendas do varejo nos Estados Unidos caíram 0,3% em setembro na comparação mensal, bem abaixo da expectativa mediana apontada pelo consenso Bloomberg, que era de expansão de 0,3%. No mês anterior, as vandas do varejo no país haviam aumentado em 0,4%.
Os investidores também monitoram o desenvolvimento das conversas entre o Reino Unido e União Europeia para o fechamento de um acordo para o Brexit.
Destaque ainda para a cotação do minério de ferro, que está desabando na China. A tonelada do minério à vista com 62% de pureza no porto de Qingdao cai 5,53% a US$ 87,86.
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Noticiário corporativo
A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou nesta terça-feira (15) a assinatura de cartas de intenção com duas empresas asiáticas para o afretamento de duas plataformas do tipo Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (do inglês FPSO). As unidades vão integrar o projeto de desenvolvimento da produção da revitalização dos campos de Marlim e Voador (módulos 1 e 2), que ficam na Bacia de Campos.
Segundo a Petrobras, a previsão para o início da produção é a partir de 2022. Juntos, os dois projetos poderão processar até 150 mil barris de petróleo por dia e 11 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.
Já a MRV (MRVE3) teve alta de 18,8% nas vendas líquidas do terceiro trimestre. A companhia teve vendas de R$ 1,395 bilhão de julho ao fim de setembro, enquanto os distratos recuaram para R$ 95 milhões, ante R$ 279 milhões no terceiro trimestre do ano passado. Na comparação com o período de abril a junho deste ano, os distratos caíram 22%.
A Yduqs (YDUQ3), ex-Estácio, prestou esclarecimento sobre notícia de que estaria em fase final de negociação para compra da dona da Ibmec. “Até o momento, nenhuma decisão foi tomada a respeito de uma possível transação”, disse a empresa. A companhia afirmou que um de seus pilares estratégicos é crescer via aquisições e, por isso, está em tratativas com diversos grupos educacionais, dentre eles o grupo Adtalem, sobre seus ativos no Brasil.
A CCR (CCRO3) anunciou o pagamento de R$ 940 milhões em dividendos. O valor corresponde a R$ 0,46534653466 por ação ordinária e o pagamento será feito a partir de 31 de outubro.
Em nota, a empresa informou que terão direito ao provento os investidores com ações CCRO3 no dia 18 de outubro, ou seja, os papéis passam a operar “ex-dividendos” a partir de 21 de outubro.
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