Ibovespa sobe e defende o nível dos 125 mil pontos com commodities e fala de Powell

Índice renovou uma serie de máximas, enquanto os investidores acompanham os discursos de autoridades monetárias em evento em Sintra,

Estadão Conteúdo

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O Ibovespa sobe, em meio à valorização das commodities, apesar do viés de baixa das bolsas norte-americanas e de indicação de elevação do dólar ante o real e dos juros futuros. No Brasil, prosseguem as preocupações fiscais.

Por volta das 11h, o Índice Bovespa renovou uma serie de máximas, enquanto os investidores acompanham os discursos de autoridades monetárias em evento em Sintra, em Portugal, sobretudo o do presidente do Fed, Jerome Powell. Além da valorização das commodities, que estimula as ações de empresas como do setor de mineração e siderurgia, além de petroleiras, como Petrobras (PETR4), as palavras de Powell parecem agradar.

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“Pelo o que está falando, indica que está propenso a cortar juros”, diz Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos. “Isso é o que tem potencial para dar um alívio, quando se fala em crise de confiança no Brasil”, completa. Powell, disse, por exemplo, que o Fed conseguiu um progresso significativo na inflação e que o mercado de trabalho está desacelerando. O presidente do Fed ainda afirmou que “tivemos um progresso significativo na inflação.”.

Às 11h06, o Ibovespa subia 0,55%, aos 125.410,06 pontos, ante elevação de 0,62%, com máxima aos 125.490,73 pontos, depois de ceder 0,02%, na mínima a 124.696,40 pontos. Vale (VALE3) zerava a alta e Petrobras avançava entre 0,96% (PN) e 1,30% (ON).

A primeira a discursar foi a presidente do BCE, Christine Lagarde. Segundo a dirigente, o BCE está bem avançado na trajetória de desinflação. Após cortar juros no começo do mês passado, o BCE tem adotado uma postura cautelosa sobre uma nova redução, uma vez que o núcleo do CPI e os preços de serviços da zona do euro seguem elevados.

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Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também presente ao evento em Portugal, disse que a decisão da autoridade monetária de interromper o ciclo de cortes de juros se deve mais a ruídos do que a fundamentos econômicos.

Vale lembrar que, no Brasil, o mercado mantém-se atento a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que têm influenciado principalmente o dólar. Novamente nesta segunda, Lula criticou o presidente do BC, se disse preocupação com a escalada da moeda americana ante o real e afirmou que o governo tentará encontrar uma solução sobre o ajuste fiscal.

Na segunda-feira, 1º, o dólar à vista disparou 1,16% e fechou a R$ 5,6533, em meio a afirmações de Lula, o que acabou elevando a piora da percepção sobre o cenário doméstico. Às 11h09, subia 0,07%, a R$ 5,6570. Na ocasião, o Ibovespa fechou em alta de 0,65%, aos 124.718,07 pontos, puxado em boa medida por ações ligadas a commodities.

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Nesta terça, o petróleo avança perto de 0,40% e o minério de ferro fechou com alta de 1,44% na Bolsa de Dalian, na China, o que estimula elevação das ações dos respectivos setores e do Índice Bovespa. Com exceção das ações da Vale, que cediam 0,14% no horário citado acima, os demais papéis do setor metálico avançavam, como Usiminas PNA (USIM5; 1,27%). As ações de bancos também subiam.

Lula também disse nesta terça que na quarta-feira, 3, terá uma reunião com sua equipe econômica e que o governo deve agir em relação à suposta especulação contra o real, que, segundo ele, seria responsável pela alta no dólar.