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Ibovespa sobe 1,10% com ajuda de notícias dos Estados Unidos e da China; dólar cai 0,42%, a R$ 4,85

Dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos aumentaram apetite ao risco mundialmente e estímulos na China puxaram commodities

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em alta de 1,10% nesta terça-feira (28), aos 118.403 pontos, com ajuda de notícias do exterior.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,85%, 1,45% e 1,74%.

Por lá, o mercado se animou após a divulgação do relatório de trabalho Jolts, que trouxe a criação de 8,8 milhões de vagas em julho, um recuo de 338 mil ante junho e 9,4 milhões do consenso.

“Hoje o Ibovespa teve alta, em um dia de avanço nos mercados mundiais, influenciados, principalmente, pelos dados de emprego nos Estados Unidos abaixo do consenso de mercado, o que pode indicar uma desaceleração econômica local”, fala Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital. “Com isso, há indícios que a inflação possa ser controlada com aumentos mais brandos de juros por lá”.

Os treasuries americanos recuaram. O para dois anos fechou a 4,89%, com menos 12 pontos-base, e o para dez anos, a 4,116%, com menos 9,6 pontos.

Helder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos, destaca também a divulgação da confiança do consumidor americano de julho. O dado trouxe a leitura de 106,1 pontos, ante 116 do consenso e 114 do mês anterior.

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“São sinais de uma economia americana menos aquecida. Isso ajudou muito no movimento de menor aversão de risco”, fala. “A gente teve um recuo até forte na curva de juros americana. O fechamento da curva trás um viés de apetite ao risco”.

O movimento do dólar no exterior ilustra bem a questão, com o capital saindo dos EUA indo para o resto do mundo. O DXY, que mede a força da moeda americana frente a outras divisas de países desenvolvidos, caiu 0,61%, aos 103,43 pontos. Frente ao real a queda foi de 0,42%, negociado a R$ 4,857 na compra e a R$ 4,855 na venda.

A curva de juros brasileira seguiu a norte-americana e ignorou alguns boatos de que o Governo Federal pode mudar a previsão de manter o déficit em zero em 2024 – algo que chegou a ser negado posteriormente.

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Os DIs para 2024 perderam 1,5 ponto-base, a 12,39%, e os para 2025, 5,5 pontos, a 10,47%. As taxas dos contratos para 2027 foram a 10,12%, com menos nove pontos, e as dos contratos para 2029, a 10,58%, com menos 10 pontos. Os DIs para 2031 caíram nove pontos, a 10,86%.

O recuo da curva deu espaço para altas de empresas de crescimento, caso da Locaweb (LWSA3), cujas ações ordinárias subiram 4,42%.

Ainda como destaque do Ibovespa, as também ordinárias da CVC (CVCB3) subiram 6,36%, na esteira do anúncio da recuperação judicial da 123 Milhas, e as da Marfrig ([ativo=MFRG3]), 10,70%, após a companhia vender algumas plantas para a Minerva (BEEF3),

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Fora isso, o dia também foi de alta para as exportadoras de commodities. As ações ordinárias da Vale (VALE3) subiram 3,19%, na esteira de notícias de que a China pretende reduzir taxas sobre hipotecas existentes, o que deve movimentar o mercado imobiliário por lá. Contribuiu ainda para o movimento de ganhos uma análise do BTG Pactual de que o pessimismo com o gigante asiático é exagerado, reiterando recomendação de compra para a ação da mineradora.

Os papéis preferenciais da Gerdau (GGBR4) subiram 1,90% e os ordinários da CSN (CSNA3), 1,84%.