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Depois de algumas sessões ameaçando renovar a máxima de fechamento, mas sem conseguir, o Ibovespa conquistou a marca nesta segunda-feira (19), ao encerrar a sessão com alta de 1,36%, a 135.777 pontos, na primeira vez que ultrapassou os 135 mil pontos. Anteriormente, a máxima de fechamento era de 134.193,72 pontos apurada em 27 de dezembro de 2023. Na máxima do dia nesta segunda, o benchmark da Bolsa foi a 136.179 pontos.
O movimento foi endossado pela trajetória ascendente de Wall Street, com Vale (VALE3) e Bradesco (BBDC4) respondendo pelas principais contribuições positivas.
Em Wall Street, investidores ficam no aguardo do discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole na sexta-feira, enquanto seguem ajustando apostas para a queda dos juros nos Estados Unidos.
Pesquisa da Reuters realizada com economistas de 14 a 19 de agosto mostrou uma pequena maioria esperando que o Fed reduzirá sua taxa de juros em 25 pontos-base em cada uma das três reuniões de política monetária restantes em 2024.
A perspectiva de que o Fed começará a diminuir os juros no próximo mês, combinada a uma avaliação de modo geral positiva da temporada de balanços no Brasil, tem contribuído para a performance recente do Ibovespa.
Nesta sessão, apesar dos saltos de Petz (PETZ3), Magazine Luiza (MGLU3) e Cogna (COGN3), as principais contribuições positivas eram Vale, com a alta do minério de ferro, e Bradesco, com “upgrade” (elevação de recomendação) do Goldman Sachs.
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“Se o índice continuar marcando novas máximas ou fechar três pregões pelo menos acima dos 134.400 pontos, mostrará resiliência no movimento e os próximos objetivos estão em 137.000, 141.000 e 150.000 pontos”, estima o Itaú BBA.
Alan Martins, analista da Nova Futura Investimentos, ressalta o movimento curioso, uma vez que já há a expectativa de aumento de juros por parte do Copom para setembro, o que seria ruim para bolsa. No momento, contudo, isso não ocorre, já que havia uma necessidade do mercado em ver a postura do Banco Central em relação ao comprometimento com a inflação. “Então nesse momento, se nós tivermos um aumento de juros em setembro, acredito que a bolsa vai continuar subindo”, avalia.
DESTAQUES
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- VALE ON (VALE3) teve elevação de 1,6%, favorecida pelo avanço dos futuros do minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado em Dalian, na China, encerrou as negociações do dia com alta de 0,71%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura tinha elevação de 0,34%.
- BRADESCO PN (BBDC4) subiu 4,48%, endossado por “upgrade” do Goldman Sachs, que elevou a recomendação das ações para “compra”, bem como o preço-alvo de 14 para 17,50 reais, além de estimativas para os lucros em 2025 e 2026. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) valorizava-se 0,60%.
- MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) avançou 10,65%, tendo como pano de fundo carta da gestora Squadra aos cotistas citando que encerrou posição “short” (vendida) no setor de varejo, que incluía a ação da companhia. No mesmo contexto, CASAS BAHIA ON (BHIA3), que não está no Ibovespa, saltou 15,61%.
- MARFRIG ON (MRFG3) subiu 13,19%, tendo no radar anúncio de emissão de 500 milhões de reais em debêntures na última sexta-feira.
- PETROBRAS PN (PETR4) teve leve queda de 0,16%, com a fraqueza dos preços do petróleo no exterior.
- COGNA ON (COGN3) avançou 10,53%, tendo como pano de fundo autorização do Ministério da Educação para o início das atividades do curso de graduação em Medicina pela Faculdade Anhanguera São Luís, no Maranhão. O curso superior possui 60 vagas totais anuais a serem ofertadas pela faculdade.
(com Reuters)