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O Ibovespa fechou com variação negativa nesta sexta-feira, quebrando a série de oito pregões de alta e abaixo do patamar recorde atingido durante o dia, com agentes financeiros recalibrando suas posições antes do final de semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,15%, a 133.953,25 pontos, abaixo da máxima histórica de fechamento de 134.193,72 pontos alcançada em 27 de dezembro do ano passado. Na semana, subiu 2,56%.
No melhor momento da sessão, o Ibovespa marcou 134.781,44 pontos, superando a máxima histórica anterior intradia de 134.574,50, estabelecida na véspera. No pior momento, chegou a 133.851,67 pontos.
O volume financeiro somou R$ 28,6 bilhões, em sessão marcada ainda pelo vencimento de opções sobre ações na B3.
Em Nova York, uma série de dados econômicos encorajadores dissiparam preocupações em relação a uma desaceleração econômica na maior economia do mundo, levando os principais índices de Wall Street a cravarem seu melhor desempenho semanal do ano.
Aliada a isso está a crescente confiança de que o Federal Reserve fará um primeiro corte de juros já no próximo mês. O S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, avançou 0,2%.
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Na cena doméstica, dados acima do esperado do IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, apoiaram o otimismo no começo da sessão. O indicador subiu 1,4% em junho ante maio, contra expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,50% no mês.
A sessão também marcou o fim da temporada de balanços corporativos no Brasil, que trouxe um impulso adicional para os ativos na bolsa. Mas o índice não conseguiu estender sua série de altas, perdendo fôlego no início da tarde, com analistas apontando para alguma realização de lucros.
“A alta de hoje já era mais contida”, afirmou o chefe de análise Enrico Cozzolino, da Levante Investimentos. “É mais uma realização de lucros, aquele evento de fim de temporada de resultados.. hoje, especialmente, também tem o vencimento de opções (sobre ações)”, acrescentou.
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Ainda assim, o dia foi marcado pela fixação de novo patamar intradiario recorde para o Ibovespa.
Analistas do Itaú BBA destacaram que, para os próximos dias, será importante acompanhar o índice, pois se ele superar a marca histórica atingida nesta sexta-feira, “o mercado abrirá espaço para seguir em direção aos 137.000, 141.000 e 150.000 pontos”, conforme análise técnica Diário do Grafista.
O indicador também permanece em um patamar historicamente elevado. Apenas 4,5% dos fechamentos do Ibovespa ocorreram em um patamar igual ou superior a 130 mil pontos, segundo levantamento da Quantum Finance.
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O analista Bruno Benassi, da corretora Monte Bravo, disse que os “drivers” positivos incluem um maior apetite por risco no mercado externo e uma mudança de postura do governo brasileiro em relação ao compromisso com as contas públicas.
“Os receios fiscais estão lá ainda, não sumiram, mas a comunicação agora parece um pouco melhor”, afirmou.
DESTAQUES
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- PETZ ON PETZ3 disparou 9,28% após anunciar que assinou acordo com a rival Cobasi para combinação das operações entre ambas, que criará a maior empresa no setor no país, unindo as duas companhias que já lideram o segmento. A expectativa é de que a fusão gere um valor incremental no Ebitda somado das duas empresas de 220 milhões a 330 milhões de reais por ano. Até a véspera, a ação acumulava queda de 12,6% no ano.
- IRB(RE) ON IRBR3 avançou 5,58%, ainda embalada pela repercussão favorável dos resultados do segundo trimestre divulgados na terça-feira à noite, com um lucro líquido de 65 milhões de reais no período, salto de 225% na comparação ano a ano e acima das previsões de analistas. Na véspera, os papéis dispararam 30,66%.
- PETROBRAS PN PETR4 subiu 0,42%, devolvendo perdas de mais cedo na sessão para marcar seu terceiro pregão seguido de valorização, apesar da queda dos preços do petróleo no exterior. O barril de Brent, usado como referência pela estatal, fechou com declínio de 1,68%, a 79,68 dólares por barril.
- VALE ON VALE3 cedeu 0,27%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o pregão diurno com queda de 0,99%.
- LOCALIZA ON RENT3 teve alta de 8,67%, em dia de recuperação após três quedas seguidas, com destaque para o tombo de 16,84% na quarta-feira após o balanço do período de abril a junho frustrar investidores. Analistas do Goldman Sachs afirmaram que a queda recente das ações mais do que precifica os resultados fracos do segundo trimestre e recomendaram a compra dos papéis.
- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4 perdeu 0,84%, devolvendo ganhos de mais cedo no dia e dando fim à sequência de cinco altas consecutivas, enquanto BRADESCO PN BBDC4 caiu 1,25%. Na ponta positiva, BANCO DO BRASIL ON BBAS3 subiu 0,78% e SANTANDER BRASIL UNIT SANB11 teve acréscimo de 0,7%.
- AMBIPAR ON AMBP3, que não faz parte do Ibovespa, recuou 6,05%. A empresa, especializada em gestão de resíduos, anunciou na véspera acordos para a venda de veículos usados somando 717 milhões de reais, a fim de renovar sua frota no Brasil, prevendo economia de capex nos próximos 2 a 3 anos e queda na alavancagem financeira.