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Ibovespa Futuro sobe com IPCA abaixo do esperado e reforma tributária no radar dos investidores

Por outro lado, mercado internacional opera com baixa em meio a cautela com Fed e a China

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta quarta-feira (7), com investidores repercutindo nova desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, reforçando expectativas de que uma inflação mais controlada, junto à atividade econômica ainda firme, traga um início antecipado do ciclo de flexibilização da política monetária.

A inflação de maio subiu 0,23% ante abril. Em 2023, a alta acumulada do IPCA é de 2,95%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,94% enquanto que, em maio de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,47%. O dado veio abaixo o esperado pelos analistas de mercado. O consenso Refinitiv esperava inflação de 0,33% no mês e de 4,04% na comparação anual.

Investidores também acompanham a tramitação da Reforma Tributária na Câmara, cujo relatório foi apresentado ontem. Seguindo as expectativas dos debates, o texto trouxe a concentração de cinco impostos (ISS, ICMS, IPI, PIS e Cofins) em apenas um, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Este adotará o modelo de IVA dual, o que significa que haverá um tributo federal, da União, e outro subnacional, partilhado por estados e municípios.

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Ibovespa hoje: acompanhe o que movimenta Dólar, Juros e Bolsa Ao Vivo

Às 9h14 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em junho operava com valorização de 0,34%, a 115.690 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros de NY operam em alta após abertura negativa, com investidores avaliando se o Federal Reserve (Fed) fará uma pausa ou continuará sua campanha de aumento de juros.

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A próxima decisão de política monetária do banco central está prevista para a próxima quarta-feira (14).

Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,01%, S&P Futuro tinha valorização de 0,13% e Nasdaq Futuro operava com alta de 0,14%.

Dólar

O dólar comercial operava com alta de 0,03%, cotado a R$ 4,913 na compra e R$ 4,914 na venda. Já o dólar futuro para julho subia 0,01%, equivalente a R$ 4,938.

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No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa por toda a curva de juros. O DIF24 (janeiro para 2024) opera baixa de 0,05 pp, a 13,07%; DIF25, -0,07 pp, a 11,16%; DIF26, -0,04 pp, a 10,46%; DIF27, -0,03 pp, a 10,44%; DIF28, -0,04 pp, a 10,58%; DIF29 -0,03 pp, a 10,75%.

Exterior

Os mercados europeus operam mistos, com destaque para o grupo imobiliário sueco SBB que sobe 9%, em meio a turbulência no preço de suas ações continuando depois que seu CEO afirmar que estava deixando o cargo. A empresa despencou mais de 70% no ano passado e recentemente confirmou que está explorando opções, incluindo uma venda, com a Bloomberg relatando na sexta-feira que atraiu o interesse inicial de investidores, incluindo a Brookfield Asset Management.

Já a companhia de telecomunicações Vodafone deve confirmar os detalhes finais da fusão de suas operações britânicas com a CK Hutchison Holdings, de Hong Kong, nesta semana ou no início da próxima, segundo reportagem da Reuters.

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A produção industrial na Alemanha cresceu 0,3% em abril em termos reais. O consenso Refinitiv esperava um crescimento mais forte, de 0,6%. Na comparação com abril do ano passado, produção da indústria cresceu 1,6%.

O Destatis também revisou para cima o dado de março, de uma queda de 3,4% para uma retração de 2,1%.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, com investidores da região olhando para os dados comerciais da China em maio e um discurso do governador do Reserve Bank of Australia, Philip Lowe, um dia depois que o banco central australiano desafiou as expectativas e elevou sua taxa de juros de referência para o nível mais alto em 11 anos.

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Os dados comerciais da China decepcionaram as previsões. As exportações caíram 7,5% em relação ao ano anterior, bem pior do que a queda de 0,4% esperada, enquanto as importações tiveram uma queda menor de 4,5% em relação ao ano anterior, em comparação com uma queda de 8% prevista. O superávit comercial do país em maio foi de US$ 65,81 bilhões, uma queda de 16,1%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Austrália no primeiro trimestre cresceu 2,3% em relação ao ano anterior, um pouco abaixo das expectativas dos analistas. Esta foi a taxa de crescimento mais lenta em 18 meses desde que o país emergiu de um bloqueio do Covid-19 em setembro de 2021.

Apesar dos dados comerciais chineses decepcionantes, os preços do minério de ferro na China tiveram ligeira alta na sessão de hoje.

As cotações do petróleo operam perto da estabilidade, em meio a preocupações com a demanda devido ao lento crescimento econômico global compensadas por temores de uma oferta global mais restrita após a promessa da Arábia Saudita de aprofundar os cortes na produção.