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Ibovespa Futuro sobe com fiscal e dados de produção da Vale no radar

Mineradora surpreendeu com maior produção desde 2018

Camille Bocanegra

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O Ibovespa Futuro em alta nesta quarta-feira, acompanhando os índices futuros dos Estados Unidos (EUA) e com os investidores também de olho no fiscal. Na véspera, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que o governo federal pretende apresentar medidas ao Congresso Nacional para revisão dos gastos públicos, para que sejam votadas ou tenham discussões iniciadas ainda neste ano, e argumentou que serão iniciativas “justas” e “palatáveis”.

Se lá fora ainda repercutem resultados mais fracos de empresas europeias e investidores aguardam balanços de grandes bancos, por aqui, a produção da Vale (VALE3) anima o mercado.

A mineradora divulgou seu maior volume de produção de minério de ferro desde 2018, batendo dados do mesmo período do ano passado.

Já o dólar subia uma vez que os investidores apostavam em quedas mais moderadas na taxa de juros norte-americana.

A ASML, cujos clientes incluem a TSMCe a Samsung, apresentou na terça-feira uma previsão sombria das as vendas em 2025. Suas ações tiveram a maior queda em quase 30 anos e perdiam mais 5% nesta quarta.

Já os papéis da LVMH, com forte peso na China, tiveram a maior perda em um ano depois de informar vendas no terceiro trimestre mais fracas do que o esperado.

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Entre as ações de chips, pesava ainda a notícia de que o governo dos EUA avalia limitar as exportações de chips de inteligência artificial por empresas norte-americanas.

Nos EUA, os bancos estarão no centro das atenções, com a expectativa pelos resultados de Morgan Stanley, Citizens Financial Group e U.S. Bancorp.

Às 9h15 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro subia 0,57%, aos 131.490 pontos.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro operava com valorização de 0,07%, S&P500 sobe 0,07% e Nasdaq Futuro avança 0,13%.

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Ibovespa, dólar e mercado externo

Às 9h06, o dólar à vista caía 0,3%, a 5,6419 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento WDOX24 tinha queda de 0,16%, a 5,651 reais. 

As bolsas do mercado Ásia-Pacífico fecharam em baixa, com Nikkei liderando as perdas da região seguindo Wall Street. Na China, mercados encerraram dia com estabilidade mas as atenções se voltam para coletiva de imprensa que acontecerá na quinta-feira, 10h (no horário local) sobre medidas de estímulo para o setor imobiliário.

Os preços do petróleo oscilam perto da estabilidade após sessão de fortes perdas ontem. O relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que cortou a projeção da demanda global em 2024, se somou à notícia de que o governo de Israel evitará atacar instalações nucleares e petrolíferas do Irã. Com a divulgação, a sensação de risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio e de prejuízos à oferta da commodity diminuiu.

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As negociações do minério recuaram ligeiramente, mesmo com estabilidade das bolsas chinesas. Na sessão de ontem, os contratos já fecharam em queda, refletindo a menor esperança com estímulos na economia chinesa.

(com Reuters)