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Ibovespa Futuro sobe com estímulos da China e em linha com exterior

Mercados operam no campo positivo à espera do simpósio econômico de Jackson Hole do Federal Reserve dos EUA

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta quinta-feira (25), em linha com pré-mercado de Nova York, repercutindo o anúncio de estímulos econômicos da China, enquanto investidores globais seguem aguardando o início do simpósio econômico de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed) dos EUA.

O evento do Fed começa hoje, com o presidente Jerome Powell fazendo um discurso na sexta-feira (26). Os participantes do mercados estarão atentos a informações sobre a trajetória de aperto monetário do banco central americano, à medida que procura conter a inflação, e se os formuladores de políticas podem cortar as taxas quando o atual ciclo de alta terminar.

Às 9h20 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento para outubro operava em alta de 0,44%, aos 115.280 pontos.

Juros futuros sobem nas pontas mais longas: DIF23 (janeiro para 2023), 0,00 pp, a 13,72%; DIF25, +0,01 pp a 12,01%; DIF27, +0,01 pp, a 11,73%; e DIF29, +0,02 pp, a 11,87%.

Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam em alta, estendendo os ganhos da sessão passada, que interrompeu a sequência de três quedas.

O Dow Jones futuro subia 0,35%, o S&P futuro avançava 0,63% e Nasdaq operava com alta de 0,79%.

O movimento se manteve após a divulgação do dado de Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que caiu 0,6% no segundo trimestre em termos anualizados, na comparação com o primeiro, aponta a segunda estimativa do BEA (Bureau of Economic Analysis), divulgada nesta quinta-feira (25). O resultado de hoje veio melhor que a expectativa, pois o consenso Refinitiv projetava que a queda ia “melhorar” de -0,9% para -0,8%.

Ainda na agenda de indicadores americanos, o Departamento do Trabalho dos EUA apontou que os pedidos de auxílio-desemprego da semana até dia 20 caíram a 243 mil, abaixo da previsão Refinitiv de 253 mil. Na semana anterior foram revisados a 245 mil, de 250 mil.

Já as bolsas asiáticas fecharam em alta, com investidores à espera do simpósio de Jackson Hole, enquanto a sessão de Hong Kong foi retomada à tarde, depois que as negociações foram interrompidas devido a um alerta de tufão.

Uma notícia que ajudou a impulsionar os mercados foi a intensificação dos estímulos à economia pela China, com mais 1 trilhão de yuans (US$ 146 bilhões) em medidas, em um cenário de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Europa 

Os mercados europeus sobem antes do evento de Jackson Hole e após divulgação da ata do Banco Central Europeu (BCE) e crescimento inesperado da economia alemã no segundo trimestre, apesar dos temores de estagnação em meio à alta da inflação e ameaças ao fornecimento de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ata da última reunião da autoridade monetária europeia revelou preocupações crescentes com a possibilidade de a inflação elevada estar se enraizando, e o risco era grande o suficiente para justificar um aumento de juros maior do que o sinalizado, mostrou a ata do encontro de 21 de julho.

O crescimento do PIB alemão no segundo trimestre foi revisado para 0,1% em relação ao trimestre anterior, acima da estimativa inicial de 0,0%, confirmou o escritório federal de estatísticas do país nesta quinta-feira.

Em bases anuais, a economia cresceu 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado, uma revisão para cima em relação à estimativa inicial de 1,4%.

O Índice de Clima de Negócios do Instituto Ifo da Alemanha caiu em agosto para 88,5 pontos, ante 88,7 pontos em julho.

O instituto espera que o PIB alemão contraia 0,5 ponto percentual no terceiro trimestre, com a perspectiva de uma recessão ainda nos planos.

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