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Ibovespa Futuro sobe após governo reafirmar compromisso fiscal, em dia sem EUA

Sem referência dos EUA, o anúncio de cortes de gastos públicos na véspera deve trazer alívio ao mercado nacional

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em alta nos primeiros negócios nesta quinta-feira (4), com investidores repercutindo notícias sobre o compromisso fiscal do governo, em dia que tende a ter liquidez reduzida com feriado nos Estados Unidos.

Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a responsabilidade fiscal é um compromisso de seu governo e que o país jamais será irresponsável nessa área. Após reunião com o mandatário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que Lula assegura a preservação do arcabouço fiscal e anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais que passarão por pente-fino.

As declarações foram dadas após dias de dólar em alta em meio à desconfiança do mercado com a situação das contas públicas e desconforto com declarações do presidente sobre o Banco Central. Na quarta-feira, o dólar finalmente voltou a cair ante o real e voltou a ser cotado abaixo dos R$ 5,60.

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Ainda hoje, o grupo de Trabalho da Reforma Tributária da Câmara dos Deputados concede entrevista coletiva, às 10h, para detalhar o texto do substitutivo da proposta de regulamentação do novo modelo tributário do Brasil.

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Às 9h12, o índice futuro com vencimento em agosto subia 0,33%, aos 128.955 pontos.

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Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com alta de 0,25%, S&P500 subia 0,08% e Nasdaq Futuro caía 0,03%, com os mercados à vista fechados para o Dia da Independência. 

Ibovespa, dólar e mercado externo


O dólar comercial opera com forte baixa de 1,41%, cotado a R$ 5,489 na compra e R$ 5,490 na venda, ampliando as perdas da véspera, em meio à expectativa de que o governo atue de fato para conter a crise de confiança que elevou as cotações nas últimas semanas. Já o dólar futuro (DOLFUT) operava com baixa de 1,07%, indo aos 5.509 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros operavam com forte baixa. O DIF26 caia 0,12 pp, a 11,40%; DIF27, -0,12 pp, a 11,70%; DIF29 -0,10 pp, a 12,08%; DIF31, -0,08 pp, a 12,19%.

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Os preços do petróleo operam com baixa, depois que dados de emprego e atividade empresarial dos EUA foram mais fracos do que o esperado, em sinais de que a economia pode estar esfriando no maior consumidor de petróleo do mundo.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela quinta sessão consecutiva, sustentadas pela forte demanda de curto prazo, melhores fundamentos do aço, um dólar americano mais fraco e esperanças persistentes de mais estímulos na China.

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, à medida que os índices acionários do Japão e de Taiwan renovaram máximas históricas e as chinesas estenderam perdas recentes.

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(Com Reuters)