Ibovespa futuro sobe 3% e dólar cai a US$ 3,87 em nova onda de euforia com Bolsonaro à frente de pesquisa

Os investidores seguem ainda na expectativa da divulgação de nova pesquisa Ibope prevista para esta noite.

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O mercado brasileiro caminha para mais um dia de euforia após os dados da pesquisa Datafolha confirmarem o cenário mais favorável para Jair Bolsonaro (PSL) na corrida eleitoral apontado pelo Ibope. Parte dos investidores começa a considerar uma vitória do deputado já no primeiro turno, que ocorre no domingo (7). 

Às 9h16 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro subia 3,07%, a 84.445 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em novembro tinha queda de 1,71%, cotado a R$ 3,883, e o dólar comercial caía 1,58%, para R$ 3,872.

O Datafolha foi divulgado na noite de ontem e mostrou Jair Bolsonaro (PSL) subindo de 28% para 32%, enquanto Fernando Haddad (PT) oscilou para baixo, passando de 22% para 21%. A diferença entre os dois chegou a 11 pontos percentuais. No Ibope de ontem, a diferença era de 10 pontos, com o deputado do PSL chegando a 31%, contra 21% do petista. Considerando-se apenas os votos válidos, Bolsonaro tem 38% ante 25% de Haddad. Para se eleger no primeiro turno, são necessários 50% mais um. 

No terceiro lugar, e cada vez mais distantes, aparecem empatados tecnicamente Ciro Gomes (PDT), que manteve o patamar de 11% das intenções, e Geraldo Alckmin (PSDB) que voltou a oscilar para baixo, saindo de 10% para 9%.

Bolsonaro não só aumentou sua liderança, como vê sua situação em eventuais cenários de segundo turno melhorar. Contra Haddad, seu principal concorrente, o Datafolha agora coloca o deputado numericamente à frente do petista, 44% x 42%, mas ainda empatado tecnicamente.

Os investidores seguem ainda na expectativa da divulgação de nova pesquisa Ibope prevista para esta noite.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura

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Bolsas mundiais

As bolsas chinesas encerraram sem direção definida puxada pela queda de montadoras no Japão e recuperação das perdas na China. Na Europa, as bolsas operam em alta, se recuperando da aversão ao risco do pregão anterior com receios em relação à Itália. Notícia de que o governo italiano cedeu às pressões na União Europeia para que o país reduza sua meta de déficit fiscal impactam positivamente as ações por lá.

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Os índices futuros em Wall Street também se recuperam das perdas diante do temor com a Itália na véspera. O preço do petróleo tipo WTI se sustenta no patamar de US$ 75 e o tipo Brent em US$ 84 pelo terceiro dia seguido. 

Agenda econômica

O destaque fica para os dados de emprego nos Estados Unidos, com a divulgação do ADP, um dos mais importantes indicadores do setor, às 9h15 (de Brasília). A estimativa mediana da Bloomberg é de 184.000 empregos gerados em setembro ante 163.000 em agosto. Ainda nos Estados Unidos, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, fala em Washington, 17h. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

Noticiário político 

Com a confirmação do favoritismo de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais, dirigentes do PT temem uma onda de última hora marcada pelo antipetismo a favor do deputado, informa a Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, o discurso de aliados de Haddad, antes extremamente confiante, mudou de tom eles avaliam que as redes sociais de Bolsonaro influenciaram o eleitorado com o discurso de que o candidato é “o pai do kit gay”. Enquanto isso, pelo menos quatro candidatos a governador de partidos como DEM, PSD e Novo aproveitaram os debates transmitidos pela Rede Globo na terça-feira (2) para pedir votos em Bolsonaro. 

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Noticiário corporativo 

A Petrobras supera Vale e volta a ser empresa mais valiosa do País. Com a forte valorização na véspera, a Petrobras chegou a R$ 319,928 bilhões em valor de mercado, superando Vale (R$ 318,083 bi), Ambev (R$ 286,881 bi) e Itaú (R$ 271,656 bi). Esse não é o maior valor de mercado alcançado pela empresa de petróleo neste ano. Em maio, a companhia chegou a valer R$ 388,845 bilhões. A estatal diz que tem defendido política preços a candidatos à Presidência. 

Procuradores do Ministério Público no Estado de Minas Gerais anunciaram que fecharam um acordo final de indenização com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton sobre o rompimento de uma barragem em 2015 no município de Mariana. De acordo com a Reuters, o acordo viabilizará o início do pagamento de indenizações aos familiares das 19 pessoas que morreram na tragédia, assim como aqueles afetados pelo desastre ambiental. Ainda no radar de Vale, fontes ouvidas pela Bloomberg afirmam que a mineradora está perto de aprovar um projeto de cobre no valor de US$ 1 bilhão. 

Na última segunda-feira (1), a Qualicorp pagou R$ 150 milhões para que o seu presidente e fundador, José Seripieri Filho, não venda toda sua participação na empresa nem crie uma concorrente.

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De acordo com o Valor Econômico, Seripieri pretendia deixar a empresa para desenvolver uma operadora de planos de saúde e usaria como base a Gama, rede de prestadores de serviços da Qualicorp. Isso ocorre, porque a lei não permite que o mesmo grupo atue como administrador de benefícios e operador de planos de saúde. 

Arezzo aprovou a recompra de até 10% das ações em circulação.  A liquidação das operações de compra de ações será realizada no prazo máximo de 18 meses, iniciando-se nesta quarta-feira (3). A empresa também anunciou que realizará o pagamento aos acionistas de dividendos intercalares, com base no lucro líquido referente ao último trimestre, no valor total de R$ 25 milhões.

A ação da Renner foi elevada a outperform (acima da média de mercado, o equivalente a compra) pelos analistas do banco Safra, com preço-alvo de R$ 36,20.

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A Hypera Pharma, antiga Hypermarcas, avança em uma investigação interna para apurar supostas irregularidades que levaram à Operação Tira-Teima. Enquanto isso, seu controlador João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, e o presidente afastado, Claudio Bergamo, parecem não concordar com uma potencial delação premiada.

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