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Ibovespa Futuro segue exterior e sobe mais de 1% com reação ao Copom e Fed

Na véspera, decisões de juros nos EUA e Brasil afetaram o diferencial de juros entres os países

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera com forte alta nos primeiros negócios desta quinta-feira (18), acompanhando o tom otimista dos mercados externos, uma vez que investidores globais esperam um pouso suave da economia dos EUA após o início do ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed) na véspera.

Na contramão, o BC optou por iniciar um ciclo de alta da Selic, subindo a taxa básica em 25 bps, para 10,75%. O Copom destacou preocupações com o hiato do produto, considerado mais positivo, o que desequilibrou o balanço de riscos para o lado altista da inflação.

A Ativa Investimentos prevê que a Selic subirá 50 bps na próxima reunião, com mais um aumento de mesma magnitude, seguido por uma última alta de 25 bps na primeira reunião do próximo ano.

A casa de análise destaca ainda que, em meados do próximo ano, os juros começarão a cair de 12,00%, em 50bps nas quatro últimas reuniões do ano, encerrando 2025 em 10,00%. “O afrouxamento deverá continuar até 2026, alcançando 9,00%, o ponto mínimo do intervalo que estimamos como o juro neutro nominal da economia brasileira”, diz a instituição, em relatório.

Às 9h07 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro saltava 1,14%, aos 136.140 pontos.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro operava com alta de 1,18%, S&P500 subia 1,63% e Nasdaq Futuro avançava 2,13%.

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De volta ao cenário nacional, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem um relatório com alerta para o Governo Federal sobre o risco de descumprimento da meta de resultado primário de 2024, a partir da arrecadação proveniente de disputas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) -o documento aponta que a arrecadação até 6 de agosto de 2024 foi de apenas R$ 83,35 milhões ou 0,22% da estimativa prevista para o ano.

Em dados, agentes do mercado aguardam a divulgação dos dados da arrecadação federal em agosto (10h30), que deve ter atingido R$ 201,2 bilhões, após R$ 231,044 bilhões em julho, sustentada pelos recolhimentos advindos das medidas de base fiscal aprovadas pelo Governo no ano passado.

Ibovespa, dólar e mercado externo


O dólar futuro (DOLFUT) recuava 1,01%, indo aos 5.407 pontos.

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No mercado de commodities, os preços do petróleo sobem mais de 1%, com os traders também monitorando as tensões crescentes no Oriente Médio.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, uma vez que as perspectivas de novos estímulos monetários chineses e estoques mais baixos ofuscaram as preocupações com o enfraquecimento da demanda doméstica do principal consumidor.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta generalizada, com investidores avaliando a decisão do Fed de cortar as taxas de juros em meio ponto percentual. O Banco Central de Hong Kong também reduziu sua taxa básica de juros pela primeira vez em quatro anos após o corte do Fed.

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(Com Reuters)