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Ibovespa Futuro segue cautela externa e opera em baixa de olho em inflação nos EUA

Inflação nos EUA e dados de mercado de trabalho no Brasil são alguns dos temas de maior destaque nesta quinta-feira

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro operava em baixa nesta quinta-feira (31), acompanhando cautela externa, em meio ao nervosismo recente em torno da cena fiscal, enquanto no exterior as grandes empresas de tecnologia e inflação estavam no foco.

Na agenda nacional, investidores repercutem os resultados trimestrais de Bradesco (BBDC4) e Ambev (ABEV3), que foram publicados pela manhã. O fim do dia terá ainda balanços de Carrefour (CRFB3), CCR (CCRO3), e Eztec (EZTC3).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que na véspera procurou acalmar os mercados em relação às medidas para controle das despesas públicas, participa de forma virtual da abertura da reunião ministerial do G20 Saúde/Finanças, às 9h30. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará reunião com governadores, com foco no tema da segurança pública, às 15h.

Em indicadores, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,4% nos três meses até setembro, abaixo da mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,5% no período.

Às 9h34 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro recuava 0,22%, aos 132.860 pontos.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 0,42%, S&P500 recuava 0,56% e Nasdaq Futuro caía 0,64%, uma vez que os alertas da Meta e da Microsoft sobre o aumento dos custos relacionados à inteligência artificial diminuíam o otimismo com as big techs.

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Os mercados também repercutem os dados da inflação PCE — a medida de inflação preferida do Federal Reserve. O índice de preços de consumo pessoal (PCE) em setembro subiu 0,2%, em linha com o esperado. Em agosto, a alta foi de 0,1%. Na base anual, o PCE de setembro marcou alta de 2,1%, também em linha com a expectativa e abaixo dos 2,2% em agosto.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar comercial subia 0,12%, cotado a R$ 5,771 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, a 5.771 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em baixa, com exceção de Xangai, na China, enquanto os investidores assimilavam um relatório mostrando que a atividade fabril chinesa se expandiu pela primeira vez desde abril.

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Já o Banco do Japão (BOJ) manteve sua taxa básica de juros após o aumento das incertezas sobre as perspectivas da economia e a estabilidade do governo após a coalizão governante sofrer seu pior resultado eleitoral desde 2009.

Entre as commodities, os preços do petróleo sobem, ampliando os ganhos do dia anterior, impulsionados pelo otimismo sobre a demanda por combustível nos EUA após uma queda inesperada nos estoques de petróleo bruto e gasolina, enquanto relatos de que a OPEP+ pode adiar um aumento planejado na produção ofereceram suporte.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, com investidores cautelosos quanto a mais medidas de estímulo na próxima semana, quando o principal órgão legislativo da China, o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (NPC), se reunirá.

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(Com Reuters)