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SÃO PAULO – A segunda semana do ano começa com investidores atentos à aproximação entre China e Estados Unidos e a esperança de uma solução para a guerra comercial travada entre os dois países após a disparada eufórica da bolsa brasileira nos primeiros pregões do ano. O clima de cautela deixa as bolsas europeias e os índices futuros de Wall Street em leve queda.
Neste contexto, às 9h10 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro subia 0,02%, a 92.500 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em fevereiro de 2019 tinha queda de 0,20%, cotado a R$ 3,713, e o dólar comercial tinha alta de 0,01%, para R$ 3,716.
No mercado doméstico, destaque para a expectativa da proposta para a reforma da Previdência, que deve ser apresenta nos próximos dias e tem causado turbulência na bolsa. Além disso, outras novidades devem surgir, o que pode trazer volatilidade para os ativos.
“Por ora, o foco está nas eleições da liderança na Câmara e Senado, com Rodrigo Maia favorito para a Câmara, e nove candidatos disputando o Senado”, opina a equipe da XP Research.
A segunda reunião ministerial do governo de Bolsonaro acontece amanhã e a expectativa é de que os ministros apresentem o resultado de uma avaliação sobre normas burocráticas que podem ser revogadas para dar mais eficiência ao governo.
O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura
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Bolsas mundiais
As bolsas asiáticas encerraram em alta em meio aos sinais de avanço nas negociações entre China e Estados Unidos para colocar fim à guerra comercial. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que as negociações comerciais com a China estão indo muito bem e que a fraqueza na economia chinesa dá a Pequim um incentivo para trabalhar em direção a um acordo, informa a Reuters. Ministros dos dois países se reúnem nesta semana.
O tom mais ameno entre os países antes do primeiro encontro cara a cara desde que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, concordaram com uma trégua da 90 dias na guerra comercial não anima tanto as bolsas ocidentais e os índices futuros dos Estados Unidos operam perto da estabilidade.
Na Europa, o Brexit segue no radar dos investidores e pesa no humor. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse no domingo (6) que se o acordo que ela fez com a União Europeia não for aprovado este mês, o Reino Unido estará em “território desconhecido”.
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Os preços do petróleo sobem pelo sexto pregão seguido diante das expectativas de solução da guerra comercial entre China e Estados Unidos e cortes na oferta da commodity pelos principais produtores.
Entrevista com Major Olímpio
O InfoMoney recebe, a partir das 15h30 desta segunda-feira, o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP). Na pauta, as eleições para o Senado e a Câmara, as perspectivas de governabilidade do presidente Jair Bolsonaro e as primeiras sinalizações e desencontros do governo em sua primeira semana. O programa é transmitido ao vivo pela IMTV e pelo Facebook.
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Agenda econômica da semana
Entre os indicadores externos, na segunda-feira (7) será divulgado o dado das encomendas à Indústria de novembro e o PMI industrial do ISM relativo ao mês de dezembro nos Estados Unidos.
O destaque fica para terça-feira (8), quando será publicado o dado JOLTs de abertura de novos empregos, bastante acompanhado pelo Federal Reserve para definir sua política monetária. A semana ainda traz a balança comercial de novembro na quinta-feira (10) e a taxa de inflação de dezembro, além do balanço fiscal federal de dezembro, ambos na sexta-feira (11).
Na China, atenção para os números da balança comercial de dezembro, na terça-feira (8), os índices de preços ao produtor e ao consumidor e o dado do PIB do ultimo trimestre de 2018, todos na quarta-feira (10).
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No Brasil, destaque para os números da produção industrial de novembro do ano passado, que segundo as projeções da GO Associados deve ter queda de 0,1%, levando o acumulado de 12 meses a ficar estável.
Outro dado importante, na sexta-feira (11), será o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro e do acumulado de 2018. Para a GO, o dado de inflação deve ter leve variação positiva de 0,07% no último mês de 2018, com o acumulado ficando em 3,79%.
Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.
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Noticiário político
O governo de Jair Bolsonaro quer criar um atalho no Congresso Nacional para agilizar a aprovação de projetos ligados principalmente à infraestrutura, numa tentativa de destravar investimentos, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
O governo selecionou um conjunto de medidas que já estão em tramitação e vai propor um pacto ao Legislativo para facilitar a aprovação desses projetos, que têm potencial para melhorar o ambiente de negócios no País.
Ao contrário da reforma da Previdência, que é impopular, as matérias de interesse da infraestrutura não consomem capital político, disse o ministro. “Às vezes, é bom intercalar uma pauta complexa com uma pauta amena”, disse ao Estadão o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Nesta segunda-feira (7), Bolsonaro, dará posse aos presidentes dos maiores bancos públicos do país: Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O presidente quer que os nomeados ajudem a reforçar os cofres do governo, vendendo empresas controladas pelos bancos.
Noticiário corporativo
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que “privatizar o Banrisul não é oportuno para o Estado”. “Temos outros ativos que podem ser colocados na negociação: as companhias de energia elétrica, de mineração, de distribuição de gás. Podemos até fazer venda de ativos e ações do banco, sem perda do controle acionário”, explicou.
A Gol divulgou os resultados prévios de tráfego de dezembro e registrou um recuo de 0,5% na oferta doméstica e um aumento de 3% na demanda. No período, a taxa de ocupação doméstica foi de 84,4%. Já no mercado internacional, a taxa de ocupação recuou 1,1 p.p. em relação ao mesmo período de 2017, para 76,3%. A oferta e a demanda, por sua vez, aumentaram 33,7% e 31,8%.
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A CVC teve um montante de R$ 3,54 bilhões em reservas confirmadas no quarto trimestre de 2018 – alta de 17,4% na comparação anual. No ano passado, as reservas totais somaram R$ 13,2 bilhões, um crescimento de 11,7% em termos pró-forma e de 20,4% sem considerar as empresas adquiridas.
Segundo a companhia, o ótimo resultado deve-se ao desempenho das unidades durante a Black Friday, que resultou em ganhos 40% acima do encontrado no mesmo período de 2018.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, indicou na última sexta-feira (4) três novos diretores-executivos: Anelise Quintão Lara (Refino e Gás Natural), Lauro Cotta (Estratégia, Organização e Sistema de Gestão) e Rudimar Andreis Lorenzatto (Desenvolvimento da Produção & Tecnologia).
De acordo com a companhia, os nomes dos indicados serão “submetidos aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da companhia”.
Rubem Novaes assume hoje o cargo de presidente do Banco do Brasil às 14h30, em Brasília.
Novaes é doutor pela Universidade de Chicago e teve passagem pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O executivo já foi presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e deu aula da Fundação Getúlio Vargas.
A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia aprovou o pedido de renovação do incentivo fiscal da Taesa, com redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, pelo prazo de 10 anos para suas empresas de transmissão ATE III (PA) e Brasnorte (MS).
Segundo o jornal o Valor Econômico, uma disputa entre sócios da Renova Energia está adiando a reestruturação da companhia e deve buscar um novo pedido de prazo adicional ao BNDES para quitar a dívida que vence dia 15. Em 30 de setembro de 2018, o valor era de R$ 950,40 milhões.
O Itaú BBA reduziu suas estimativas em Suzano e Klabin para incorporar premissas mais conservadoras de preços de celulose. A top pick é Klabin, dada a esperada recuperação da demanda doméstica – o papel tem preço-alvo de R$ 21.
Com relação à Suzano, os analistas estimam um preço-alvo de R$ 53. “Acreditamos que a Suzano terá melhores pontos de entrada à frente, já que os juros devem permanecer baixos, uma vez que os preços de celulose (em reais) continuam caindo”, escrevem.