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Ibovespa Futuro recua com atenção para PEC da transição, ata do Fomc e China

Indicadores de atividade na Europa e Covid na China são destaque no cenário internacional

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em leve baixa nos primeiros negócios desta quarta-feira (23), com atenções ainda voltadas para a discussão da PEC da transição.

Há expectativa de que a versão formal do texto possa ser apresentado hoje, mas em um formato diferente daquele que foi mostrado na semana passada, com uma elevação de despesas menor, um prazo menor para o waiver e um compromisso com a apresentação de uma nova âncora fiscal no próximo ano.

Após críticas de economistas e políticos, a expectativa é que o aumento das despesas seja reduzido e fique limitado a quatro anos ou menos e seja acompanhado de um compromisso formal de apresentação de uma nova regra fiscal.

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Às 9h14 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha queda de 0,36%, aos 109.205 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam com ligeira alta nesta manhã, enquanto investidores aguardam pela ata do Fomc em busca de pistas sobre os rumos do juros no país.

Depois de uma corrida este ano para aumentar a taxa de juros, o Federal Reserve mudou este mês para uma abordagem mais sutil, vista como um meio-termo entre as autoridades mais preocupadas com a inflação e aquelas temerosas de que mais aumentos fortes dos juros possam abalar a economia ou estressar os mercados.

A ata da reunião de 1 a 2 de novembro, que será divulgada nesta quarta-feira, pode mostrar o tamanho de qualquer desentendimento que tenha começado a surgir no banco central, conforme o Fed encerra o esforço para aumentar os juros e começa a avaliar passos menores para uma eventual parada.

Além disso, haverá a divulgação da leitura preliminar do índice de gerente de compras (PMI) nos Estados Unidos.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro sobe 0,08%, S&P Futuro avança 0,13% e Nasdaq Futuro tem alta de 0,16%.

Dólar

No câmbio, o dólar comercial opera com queda de 0,13%, cotado a R$ 5,371 na compra e R$ 5,372 na venda. Já o dólar futuro para dezembro tem alta de 0,23%, a R$ 5,382.

Na véspera, a divisa americana subiu forte perante o real, repercutindo a contestação do resultado das eleições pelo PL, partido do atual presidente Jair Bolsonaro, alegando problemas em cinco modelos de urnas.

O DXY mede a performance do dólar norte-americana diante de uma cesta de moedas opera em alta, com investidores moderando seu apetite por risco antes da divulgação das ata do Fomc, que podem oferecer pistas sobre as perspectivas para a inflação e taxas de juros.

No mercado de juros, os contratos futuros operam em alta, com exceção do DI para 2023, dando continuidade ao movimento de alta apresentado na véspera. O DIF23 (janeiro para 2023) cai 0,01 pp, a 13,68%; DIF25, +0,11 pp, a 13,77%; DIF27, +0,11 pp, a 13,54%; e DIF29, +0,12 pp, a 13,51%.

Exterior

As bolsas da Europa operam em alta em sua maioria nesta quarta-feira, enquanto investidores avaliavam dados econômicos da região e esperam pela ata do Fomc.

Investidores também avaliam as leituras do índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro, da Alemanha e do Reino para obter indicações sobre a saúde da atividade econômica do continente.

A contração da atividade empresarial da zona do euro diminuiu ligeiramente em novembro, mas a demanda geral continuou a diminuir à medida que os consumidores cortaram gastos em meio a uma crise de custo de vida, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira.

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta. No radar do mercado, o banco central da Nova Zelândia elevou sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, a maior alta de juros na história do país, e a inflação de Cingapura diminuiu em outubro em uma base anualizada.

O índice de preços ao consumidor de Cingapura diminuiu 0,2%, para 5,1% em outubro na base anual, informou o Ministério do Comércio e Indústria (MTI).

Os preços do minério de ferro na China, por sua vez, operam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, com novas restrições relacionadas ao Covid pesando sobre a demanda da commodity.

Pequim fechou parques e museus na terça-feira e Xangai reforçou as regras para as pessoas que entram na cidade, enquanto as autoridades chinesas lidam com um aumento nos casos de Covid-19 que aprofundou a preocupação com a economia e diminuiu as esperanças de uma reabertura rápida.

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(com informações da Reuters)