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Ibovespa Futuro opera perto da estabilidade entre alternativas para PEC da Transição e preocupação com a China

Comentários de membros do Fed durante aparições públicas em eventos também são destaque

Felipe Moreira

B3 (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera perto da estabilidade nos primeiros negócios desta terça-feira (22), após o índice à vista ter registrado ganhos na véspera, com investidores atentos as articulações sobre a PEC da Transição, que, até o momento, segue sem um texto definitivo.

O senador Tasso Jereissati apresentou ontem (21) uma PEC que aumenta em R$ 80 bilhões o limite do teto de gastos a partir de 2023, de forma permanente. O texto, chamado de PEC da Sustentabilidade Social, representa uma alternativa ao anteprojeto da PEC da Transição, que autoriza cerca de R$ 200 bilhões de despesas públicas fora da regra do teto no ano que vem. O montante de R$ 80 bilhões contemplaria os compromissos mais urgentes assumidos pelo governo eleito na corrida presidencial, como o aumento do Bolsa Família para R$ 600/mês, o ganho real do salário mínimo em 1,4%, a zeragem da fila do Sistema Único de Saúde e a recomposição de algumas despesas correntes.

Na agenda econômica, o governo federal apresentará o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias relativo ao 5º bimestre de 2022.

Às 9h13 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha alta de 0,03%, aos 110.915  pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam mistos, às vésperas da divulgação da ata do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano (Fomc, na sigla em inglês) e com preocupações da China endurecer restrições contra a Covid-19.

Além disso, estão previstas declarações da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, da presidente do Fed de Kansas City, Esther George, e do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro sobe 0,12%, S&P Futuro avança 0,09% e Nasdaq Futuro tem queda de 0,03%.

Dólar

O dólar comercial opera com queda de 0,34%, cotado a R$ 5,292 na compra e na venda, ampliando as perdas da véspera com a possibilidade de gastos menores, fora do teto, com programas sociais. Já o dólar futuro para dezembro tem baixa de 0,60%, a R$ 5,299.

No mercado de juros, os contratos futuros operam em baixa no médio e longo prazo, com arrefecimento das preocupações fisicais. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável, a 13,69%; DIF25, -0,09 pp, a 13,44%; DIF27, -0,09 pp, a 13,16%; e DIF29, -0,08 pp, a 13,17%.

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Exterior

Os mercados europeus operam com ligeira alta, com investidores da região acompanhando as preocupações sobre o aumento das restrições contra Covid na China, que continuam pressionando a cadeia produtiva.

Em indicadores, o saldo da conta corrente da Zona do Euro teve um déficit de 11,2 bilhões de euros, abaixo consenso que previa deficit de 20,2 bilhões de euros.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, sendo destaque a alta de 1,31% do índice Hang Seng, de Hong Kong, enquanto temores com Covid na China persistem.

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Pequim alertou na segunda-feira que está enfrentando seu teste mais severo da pandemia de Covid-19, com um aumento nos casos de Covid provocando novas medidas de restrição. As mortes pelo vírus também foram registradas em Pequim pela primeira vez desde o final de maio.

Os preços do minério de ferro recuam na China após sete pregões consecutivos sem perdas na bolsa de Dalian. As cotações do petróleo, por sua vez, sobem nesta terça-feira, com investidores repercutindo notícias de que a Arábia Saudita não estaria discutindo um aumento na oferta de petróleo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).