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Ibovespa Futuro avança com atenção ao Copom e inflação nos EUA

Maioria dos analistas ouvidos pela Reuters espera um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera alta nas primeiras negociações desta quarta-feira (11), enquanto investidores ajustam posições antes da divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, enquanto aguardam o resultado da última reunião de política monetária do Banco Central no ano e acompanha o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os dados de inflação que serão divulgados às 10h30 (horário de Brasília) podem colocar o Federal Reserve no curso de cortar os juros novamente. Os investidores estão cautelosos porque, com uma chance de 85% de um corte na taxa básica na próxima semana precificada e os índices de Wall Street em torno de máximas recordes, o potencial de decepção existe.

No fim do dia as atenções se voltam para a última reunião do Comitê de Política Monetária sob o comando do presidente do BC Roberto Campos Neto. Pesquisa da Reuters aponta que a autoridade monetária deve intensificar sua campanha de alta dos juros com um aumento de 0,75 ponto percentual, mas operadores veem uma chance de 47% de um aumento de um ponto.

Às 9h16 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro subia 0,25%, aos 128.715 pontos.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com baixa de 0,08%, S&P500 subia 0,10% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,18%.

De volta a pauta nacional, ficam no radar a saúde de Lula após ele passar por uma cirurgia de emergência no crânio e a publicação na véspera de portaria detalhando procedimentos e prazos para a liberação de emendas parlamentares, instrumento no centro de um mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que vai trabalhar por um consenso para que medidas do pacote fiscal possam ser votadas ainda nesta semana.

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu +1,1% em relação a setembro e teve alta de 6,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com alta de 0,22%, cotado a R$ 6,059 na compra e R$ 6,06 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,12%, a 6.064 pontos.

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As ações em Hong Kong caíram, enquanto as chinesas registraram alta nesta quarta-feira, quando teve início uma reunião econômica anual em Pequim. Os mercados de Taiwan e Austrália também recuaram, enquanto as ações sul-coreanas avançaram pelo segundo pregão consecutivo, dando sequência a uma recuperação após a breve imposição de lei marcial na semana passada, que desencadeou uma crise política no país.

O presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma investigação contra a Nvidia e impôs restrições à exportação de materiais raros com aplicações militares, ganhando terreno em uma potencial guerra comercial com os Estados Unidos. Além disso, Pequim limitou a venda de componentes estratégicos usados na fabricação de drones para os EUA e Europa.

Os preços do petróleo avançam com agentes do mercado esperando que a demanda aumente na China no ano que vem, depois que Pequim anunciou uma política monetária mais flexível para estimular o crescimento econômico.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, enquanto otimismo com estímulo de Pequim desaparece.