Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos; expectativa de alta de juros volta a pressionar mercados

Dado de inflação ao consumidor é destaque no dia

Mitchel Diniz

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro opera entre altas e baixas nos primeiros negócios desta sexta-feira (10). O pré-mercado volta a sentir a aversão ao risco dos investidores, com perspectiva de alta de juros na Europa e novas medidas de isolamento contra a Covid-19 entrando em vigor na China. Dados de inflação divulgados hoje podem dar o tom para o encontro do Federal Reserve na semana que vem.

Vendas do varejo sobem 0,9% em abril, bem acima da expectativa

Às 9h23 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em queda de 0,19%, aos 107.490 pontos.

O dólar comercial caí 0,39% a R$ 4,896 na compra e R$ 4,897 na venda. O dólar futuro para julho subia 0,43%, a R$ 4,925. O dólar futuro para julho recuava 0,16%, a R$ 4,925.

Os juros futuros recuam nos contratos mais longos: DIF23, +0,01 pp , a 13,37%; DIF25, – 0,01 pp, a 12,48%; DIF27, – 0,01 pp, a 12,46%; e DIF29, – 0,02 pp, a 12,59%.

Os futuros em Nova York operam sem uma tendência definida, pautados pelo dado de inflação ao consumidor. O Dow Jones futuro tinha ligeira queda de 0,09%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq subiam, respectivamente, 0,02% e 0,26%.

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O índice pode ajustar as apostas para o Fomc de setembro, que ainda divide Wall Street. Para as reuniões da semana que vem e de julho, o consenso é de dois aumentos de 50 pontos-base do juro.

As Bolsas europeias operam em baixa com perspectiva de alta de juros na zona do euro.

Ontem, o Banco Central Europeu afirmou que vai iniciar o ciclo de aperto monetário em julho, elevando a taxa de juros em 25 pontos base na próxima reunião de política monetária e provavelmente em agosto. De setembro em diante, os ajustes podem ser mais agressivos.

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Membro do BCE fala em inflação da zona do euro ‘muito disseminada’

O BCE quer colocar a inflação, que hoje supera os 8%, próxima à meta de 2% no curto prazo. Essa postura reforça os temores de uma recessão, impulsionando os índices para baixo. O Stoxx 600 recuava 1,43%.

A Bolsas asiáticas fecharam mistas, mas tiveram a melhor semana em 16 meses. O índice Shanghai SE, da Bolsa de Xangai, fechou em forte alta, mesmo com a notícia de novos bloqueios na cidade em função da pandemia.

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Segundo o Financial Times, metade dos distritos da capital financeira chinesa serão novamente isolados para uma testagem em massa após o registro de novos casos de Covid-19. As restrições foram retomadas menos de uma semana depois do início das flexibilizações. Xangai passou dois meses em lockdown.

Ainda na China, a inflação oficial recuou 0,2% em maio na comparação com abril, mas avançou 2,1%, comparado com o mesmo período do ano passado. A inflação ao produtor subiu 6,4% em maio, na comparação anual.

No Japão, a inflação ao produtor de maio ficou estagnada em relação a abril, enquanto o mercado aguardava por uma ligeira alta de 0,5%. Em 12 meses, contudo, o indicador acumula alta de 9,1%. O Nikkei, da Bolsa japonesa, fechou em forte baixa.

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Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Deu sequência na queda e rompeu a região de suporte em 109.000. Sinal bem vendedor no gráfico semanal – espero por teste no fundo anterior de 103.000. Se for rompido, 100.000 pontos seria o próximo objetivo.”

Dólar

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“Continua trabalhando no mesmo patamar, sem romper a resistência de R$ 4,860 e, no gráfico semanal, sinal bem altista e com possibilidade de reversão para tendência de alta caso, rompa a resistência de R$ 5,300.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados