Ibovespa futuro opera de lado, em linha com o exterior: inflação, commodities e guerra na Ucrânia estão no radar dos investidores

Em Nova York, os índices futuros operam de lado após registrarem melhor semana desde novembro de 2020

Mitchel Diniz

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro abriu entre perdas e ganhos, em linha com o exterior, onde os índices também operam de lado. O dia, contudo, começa com um cenário novamente favorável para as empresas do setor commodities, de maior peso da Bolsa, com os preços do petróleo voltando a subir forte no cenário internacional.

Os países da União Europeia poderão seguir o exemplo dos Estados Unidos e suspender compras do petróleo russo.  Além disso, a Arábia Saudita anunciou que vai reduzir temporariamente a produção da petrolífera Aramco, após ataques a uma refinaria por rebeldes houthis.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia continua pesando no comportamento das Bolsas. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, alertou no fim de semana, em entrevista à CNN que, se as negociações de paz com o líder russo Vladimir Putin falharem, isso significaria o início de uma terceira guerra global. As últimas negociações entre autoridades russas e ucranianas não avançaram.

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Às 9h14, o Ibovespa futuro operava em ligeira queda de 0,08%, aos 115.805 pontos.

O dólar comercial também operava próximo da estabilidade, recuando 0,06%, a R$ 5,012 na compra e R$ 5,013 na venda.

Já os juros futuros operam em ligeira alta nos primeiros negócios do dia: DIF23, +0,06 pp, a 12,93%; DIF25, + 0,08 pp, a 12,16%; DIF27, + 0,07 pp, a 11,99%; DIF29, + 0,05 pp, a 12,12%.

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Os índices em Wall Street vêm da melhor semana desde novembro de 2020, mas devem abrir com tendência de queda, conforme sinalizam os índices futuros. O Dow Jones futuro recua 0,24%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq caem, respectivamente, 0,03% e 012%.

Na semana passada, o S&P 500 acumulou alta de 6,1%, enquanto o Dow Jones avançou 5,5% e a Nasdaq subiu 8,1%. Analistas avaliam se as Bolsas serão capazes de manter esses ganhos. “Uma boa notícia é que abril, historicamente, é um dos melhores meses para ações, então o calendário continua positivo”, disse Ryan Detrick, da LPL Financial à CNBC.

Hoje os investidores vão acompanhar discurso de Jerome Powell em evento com empresários, para saber mais sobre os  próximos passos do Federal Reserve em relação a alta de juros. A guerra na Ucrânia também continua sendo monitorada.

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Na Europa, as Bolsas também operam de lado, com o índice Stoxx 600, que reúne empresas de 17 países europeus, em ligeira alta de 0,15%.

Na Ásia, a semana começou com a decisão da autoridade monetária chinesa em manter as taxas de empréstimo na China inalteradas em 3,7% (empréstimos de um ano) e 4,6% (empréstimos de cinco anos). A decisão já era esperada pelos investidores, mas o mercado acredita que, ainda este ano, Pequim irá reduzir as taxas de referência para dar suporte à economia, diante da pressão negativa da queda no mercado imobiliário.

As ações do Evergrande Group voltaram a ter negociações interrompidas hoje na Bolsa de Hong Kong. De acordo com a CNBC, o conglomerado alegou que suspendeu as negociações até que seja divulgado um comunicado a respeito de informações privilegiadas.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados