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Ibovespa Futuro cai na contramão do exterior, com BC e Lula no radar

Futuros de NY sobem antes de dados de inflação PCE

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (28), descolado dos ganhos do pré-mercado americano, com as atenções voltadas para a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos EUA, indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), em meio a novas declarações do presidente Lula e de autoridades do Banco Central do Brasil.

Depois da divulgação do Relatório de Inflação na véspera, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, palestra no Fórum Jurídico de Lisboa, às 10h30 (horário de Brasília), enquanto o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, dá palestra em evento promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) às 14h.

Já Lula deu entrevista à rádio O Tempo FM, de Belo Horizonte, antes de participar de anúncios de investimentos na capital mineira. Essa foi a terceira entrevista do presidente nesta semana. Lula disse nesta que os recentes ganhos do dólar contra o real são consequência de especulação com derivativos, acrescentando que o Banco Central tem a obrigação de investigar a situação.

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Às 9h12, o índice futuro com vencimento em agosto caía 0,19%, aos 125.700 pontos.

Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com alta de 0,04%, S&P500 avançava 0,32% e Nasdaq Futuro subia 0,43%.

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De volta ao cenário nacional, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 63,9 bilhões em maio, superior ao saldo negativo de R$ 50,2 bilhões no mesmo mês de 2023 e acima também do déficit de R$ 58 bilhões estimado pelo consenso LSEG de analistas.

Ibovespa, dólar e mercado externo


O dólar comercial opera com baixa de 0,31%, cotado a R$ 5,490 na compra e R$ 5,491 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) operava com alta de 0,02%, indo aos 5.504 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros operavam com alta. O DIF26 subia 0,04 pp, a 11,36%; DIF27, +0,05 pp, a 11,78%; DIF29 +0,03 pp, a 12,17%; DIF31, +0,02 pp, a 12,30%.

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Os preços do petróleo operam em alta, caminhando para o terceiro aumento semanal consecutivo, já que preocupações com problemas de fornecimento devido ao aumento das tensões geopolíticas e interrupções relacionadas ao clima compensaram os sinais de demanda fraca.

As cotações do minério de ferro na China subiram nesta sexta e registraram alta semanal, graças ao impulso do mais recente estímulo imobiliário e à demanda resiliente pelo principal ingrediente siderúrgico na China, principal consumidor, embora os estoques elevados persistentes tenham contidos os ganhos. 

Os mercados asiáticos fecharam em alta, em um movimento de recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores aguardam dados da inflação dos EUA que podem influenciar a trajetória dos juros básicos americanos.