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Ibovespa futuro cai mais de 1%, com cautela sobre inflação nos EUA; euro encosta em paridade com o dólar

Novos casos de Covid-19 na China também aumentam riscos de novos "lockdowns"

Mitchel Diniz

(Getty Images)
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O Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios da semana, em linha com o pré-mercado em Nova York, assim como as Bolsas na Europa e na Ásia. Ainda que a agenda desta segunda-feira (11) traga poucos indicadores, os investidores seguem cautelosos enquanto esperam por novos dados de inflação nos Estados Unidos. Enquanto isso, os casos de Covid 19 voltam a aumentar na China, aumentando o risco de novos lockdowns.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho será divulgado na quarta-feira e deve mostrar uma aceleração da escalada de preços, que avançou 1% em maio na comparação do abril e deve ter alta mensal de 1,1% em junho, de acordo com o consenso Refinitiv.

Para o índice de preços ao produtor (PPI), que sai na quinta-feira (14), a média das projeções aponta para uma alta de 0,8%.

Wall Street também espera pelo início da safra de balanços do segundo trimestre. A PepsiCo e a Delta Air Lines devem divulgar seus resultados amanhã e quarta-feira. Mas a temporada de balanços do segundo trimestre nos Estados Unidos começa oficialmente na quinta (14), com os resultados dos bancos.

Os preços das commodities recuam, o que pode pesar contra o Ibovespa nos negócios de hoje. Preocupações com uma recessão global e restrições da Covid-19 na China atingem a perspectiva de  demanda. Os preços do minério também recuam.

Às 9h26 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para agosto operava em queda de 1,16%, aos 100.230 pontos.

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O dólar comercial subia 1,17%, a R$ 5,329 na compra e R$ 5,330 na venda. O dólar futuro para agosto subia 1,46%, a R$ 5,366. No exterior, a moeda americana e o euro chegam próximo da paridade (1 para 1).

Os juros futuros operam em alta: DIF23, +0,05 pp, a 13,83%; DIF25, + 0,13 pp a 13,10%; DIF27, + 0,10 pp, a 12,98%; e DIF29, + 0,10 pp, a 13,13%.

Em Nova York, o Dow Jones futuro caía 0,5%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq recuavam, respectivamente, 0,63% e 0,79%.

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Os mercados europeus recuam na sessão de hoje (11), com investidores se preparando para mais dados sobre a inflação dos EUA nesta semana.

Investidores no Reino Unido estarão observando os desenvolvimentos em torno da incerteza política no país depois que o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou na semana passada que renunciaria ao cargo de líder do Partido Conservador. Johnson disse que permaneceria no cargo enquanto um sucessor fosse encontrado. Onze parlamentares conservadores anunciaram suas propostas de liderança no fim de semana.

As principais Bolsas asiáticas fecharam em baixa. O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu cerca de 3% após a notícia de que a China impôs multas aos pesos pesados ​​Tencent e Alibaba, por não cumprirem as regras antimonopólio na divulgação de transações, segundo a Reuters.

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As ações em Hong Kong também repercutiram a notícia de que quase todas as empresas comerciais e industriais de Macau fecharão por uma semana em uma tentativa de impedir a propagação do Covid-19.

O Japão foi um ponto fora da curva no continente, impulsionado pela perspectiva de estabilidade administrativa, fiscal e econômica, depois que a coalizão governista expandiu sua maioria em uma eleição para a câmara alta.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

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Ibovespa

“Mais uma semana de indefinição para o índice na região dos 100.000 pontos. Como rompeu um suporte forte, a não continuidade do movimento pode ser um sinal de fraqueza para voltar a trabalhar na lateralização anterior. Mas, como não conseguiu mostrar força contrária (compra) ainda, também pode ser só uma correção da última queda que rompeu o suporte esticado. Seguimos aguardando o rompimento dessa consolidação para uma definição melhor.”

Dólar

“A barra de sexta-feira mostra uma mudança de comportamento e uma possível correção mais longa da tendência de alta. Próximo suporte intermediário está em R$ 5,220 e resistência em R$ 5,500.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados